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Ampliação do Minha Casa, Minha Vida beneficiaria 3% dos paraenses; setor civil vê impacto positivo

Presidente Lula disse, em entrevista, que quem ganha entre R$ 10 mil e R$ 12 mil poderia ser incluso no programa

Camila Azevedo

Apenas 3% da população ocupada do Pará, ou seja, que possui algum tipo de renda e ganha de cinco a dez salários mínimos, pode ser beneficiada se o Minha Casa, Minha Vida for ampliado para atender a classe média. O número corresponde a cerca de 119,3 mil pessoas, mas o programa habitacional leva em consideração a renda familiar, não individual, então, essa quantidade deve ser menor. Os dados foram compilados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

Além disso, uma reestruturação também beneficiaria o setor de construção civil, já que, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), 22.896 trabalhadores da área estão desempregados. Ontem (13), o presidente Lula (PT) disse que pretende ampliar o Minha Casa, Minha Vida. Com isso, famílias de classe média poderiam ser contempladas, diferentemente de hoje, em que somente as que ganham até R$ 8 mil por mês, na área urbana, e até R$ 96 mil mensais, nas áreas rurais, são beneficiadas. 

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Para Fabrizio Gonçalves, presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), se, de fato, houver um impulsionamento do programa, o saldo positivo do setor, em termos de contratação, deverá ser uma realidade. “O Programa Minha Casa Minha Vida, passando por essa ampliação, vai beneficiar não só quem quer adquirir um imóvel, mas o setor da construção, porque essa ampliação significa novos tipos de habitação e, consequentemente, mais construções”, avalia.

“A maior demanda hoje para construção são de moradias voltadas ao interesse social, o que corresponde a um mercado de 50% imobiliário. Porém, a oferta deste serviço é baixa, por diversos motivos: um deles é a nossa legislação municipal. Precisamos que haja esse fortalecimento e alinhamento a nível Federal, Estadual e Municipal para que possamos resolver essas demandas e beneficiar a população que precisa dessa ampliação para adquirir os imóveis”, acrescenta Fabrizio.

Impacto econômico geraria benefício para o setor, afirma Sinduscon

Segundo o presidente do Sinduscon, o impacto de uma possível reforma e ampliação do Minha Casa, Minha Vida seria em cadeia e atingiria diversos setores. “Possuimos grande capacidade para receber esse impulsionamento e, economicamente falando, isso gera empregos, impulsiona o setor e faz a nossa economia girar. Então o impacto vai ser positivo e vai ser em cadeia, com mais condições de compra com essa ampliação, maior demanda de construção de habitações, mais mão de obra e por isso mais empregos e um impacto positivo na economia”, completa.

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