Aluguel de mesas e cadeiras gera até 50% de lucro sobre o valor do serviço
Empreendedor paraense explica como funciona a dinâmica do negócio e movimentação neste ano
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O setor de eventos na capital paraense gera a demanda por mesas e cadeiras, para viabilizar a acomodação dos seus participantes, o que resulta em uma oportunidade de negócio. O empreendedor Leonardo Corrêa enxergou nessa demanda a chance de trabalhar por conta própria e há nove anos aluga mesas e cadeiras para eventos de todo porte. Ele explica que o segmento é fluido, com períodos mais intensos em momentos específicos do ano, mas que consegue lucrar até 50% sobre o valor do serviço.
“O lucro hoje é de uns 50% em cima do valor, porque é um material que não estraga, não é um material que vence. A gente tem um vencimento desse material em 5 anos, então conseguimos trabalhar bastante com ele”, afirma.
Em um mês, ele conta que os pedidos variam de quatro mil unidades a dez mil, movimento diretamente influenciado pelo período do ano. Isso porque durante datas comemorativas, como o dia das mães, natal e festas juninas, o segmento vê os pedidos até triplicarem, como afirma o Léo. “A gente tem uma média de pedidos de 4.000 cadeiras por mês, tem meses que chega a 10.000 unidades. Não é no mesmo dia, é durante o mês. Acontece de ter 10.000 unidades de pedido… os melhores meses são junho, outubro e dezembro”.
Seguindo esta dinâmica, os períodos de baixa demanda são sustentados pelo lucro arrecadado nos períodos de alta. Dessa maneira, neste início de ano, enquanto os pedidos não crescem até a próxima alta, o negócio se autossustenta com os ganhos obtidos principalmente no mês de dezembro, último desempenho expressivo.
Além do período de alta demanda tradicional, este ano promete ser atípico para o empreendedor, que já está recebendo pedidos para eventos relacionados à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Cop 30). “Esse ano, se Deus quiser, vai ser muito bom devido a Cop 30. A gente já começou a trabalhar com os eventos no início do ano e desde o fim do ano passado”, explica.
Estratégia de negócio
Em alguns momentos a demanda dos clientes supera a capacidade do empreendedor de mesas e cadeiras disponíveis para aluguel, atualmente em torno de duas mil cadeiras e trezentas mesas. Para driblar essa situação, ele passou a estabelecer parceria com outros empreendedores do ramo, transformando concorrentes em mais dinheiro. “Hoje devido às parcerias que eu tenho, eu consigo manter o número que eu tenho e quando o cliente pede algo que passa desse limite, eu aciono meus parceiros para dar conta do pedido”, explica.
O valor mínimo para um dia é de R$ 2 a peça, o que varia conforme o tempo do aluguel, já no caso dos jogos (mesas e cadeiras) solicitados, ele explica que o mínimo é de R$ 10. Todas as modalidades incluem os gastos com o transporte dos produtos no valor final. Quanto a um valor máximo, o empreendedor enfatiza que o “o céu é o limite”, já que a partir das parcerias que consolidou consegue extrapolar as suas limitações de estoque.
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Expansão
Questionado sobre a pretensão de aumentar o seu estoque de mesas e cadeiras, o empreendedor afirma que não enxerga essa necessidade. Um dos obstáculos para uma possível expansão como essa seria o armazenamento, isso porque é preciso de mais espaço para alocar mais estoque, um ambiente que ele ainda não possui. O seu limite atual foi alcançado com cerca de cinco anos nesse mercado, mas no total já são nove anos alugando para eventos. “Comecei com mais ou menos uns 30 jogos e hoje nós temos 300 mesas e 2.000 cadeiras”, lembra Correa.
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