Alta do PIB no Brasil alcançou 0,1% no terceiro trimestre, mostra IBGE
Saldo vem depois do crescimento de 1% no segundo trimestre, portanto, o entendimento é de que a economia brasileira passa por um processo de desaceleração
No terceiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,1%, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo pesquisa divulgada na última sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Embora este seja o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador em bases trimestrais, o saldo vem depois de a atividade econômica brasileira crescer 1% no segundo trimestre, portanto, o entendimento é de que a economia brasileira passa por um processo de desaceleração.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, o PIB do país alcançou alta de 2% de julho a setembro de 2023. Quanto à janela anual, a alta acumulada em quatro trimestres é de 3,1%. E, no acumulado dos nove meses de 2023, o ganho foi de 3,2% contra o mesmo período do ano passado.
Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,74 trilhões. Foram R$ 2,38 trilhões vindos de Valor Adicionado (VA) a preços básicos, e outros R$ 353,8 bilhões de impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
Setores
A agropecuária teve recuo de 3,3% neste trimestre, por conta da saída da colheita da base de comparação, contra o destaque registrado no primeiro trimestre. Mas, na comparação com o mesmo período do ano passado, o segmento acumula alta de 8,8%.
Já os serviços, setor mais importante da economia brasileira, voltou a subir 0,6% no trimestre. A alta em relação ao mesmo período de 2022 é de 1,8%.
Principais destaques do PIB no terceiro trimestre:
- Serviços: 0,6%
- Indústria: 0,6%
- Agropecuária: -3,3%
- Consumo das famílias: 1,1%
- Consumo do governo: 0,5%
- Investimentos: -2,5%
- Exportações: 3%
- Importação: -2,1%
Resultado
Segundo a economista Juliana Trece, ouvida pelo g1, a ação dos juros foi determinante para o resultado. As taxas mais altas, somadas às indefinições da agenda econômica do governo, foram freios na decisão de investimentos de empresários e frearam o setor, segundo ela.
Do outro lado, os serviços continuaram a trajetória de crescimento, com alta de 0,6% em relação ao trimestre anterior, no maior patamar da série histórica e 8% acima do cenário pré-pandemia.
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