Açaí segue em queda na capital, aponta Dieese; veja quanto

Fim da entressafra ameniza preços e gera expectativa de melhora nos próximos meses para vendedores

Maycon Marte
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Com o fim da entressafra, os paraenses já devem encontrar o litro do açaí mais barato na capital. De acordo com o levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o último mês de abril registrou queda de quase 2% no preço do produto em Belém. Até março, o açaí, no tipo médio, chegou a custar em torno de R$ 34,36 e, agora, pode ser adquirido a partir de R$ 33,77, segundo o estudo. Empresários do setor já percebem o valor mais baixo e preveem que os valores caiam ainda mais nos próximos meses.

Apesar dos bons resultados para este mês, em muitos casos, o Dieese alerta que o açaí deve ser encontrado ainda com o preço mais elevado. No entanto, o desempenho dos próximos meses tende a melhorar, normalizando o cenário com preços de até R$ 16, para o litro do tipo mais em conta comercializado. No balanço de preços dos quatro primeiros meses deste ano, de Janeiro a Abril, o produto ainda continua caro e acumula alta expressiva de 70,38%, aponta a pesquisa.

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Comerciantes

“Chegou o verão e começou a aparecer açaí daqui das ilhas próximas, ai começou a baixar o preço”, esclarece o vendedor Anderson Pires. Em uma loja de açaí em Belém o preço do produto, no tipo médio, pode ser encontrado a partir de R$ 25, reflexo da retomada do abastecimento que vem das ilhas próximas a Belém, como ilha das onças e combu.

Anderson destaca que o comportamento dos valores de compra e revenda também acompanha o mesmo movimento. “O açaí das ilhas está em torno de R$ 100 a lata e o gelado (de Macapá) está em torno de R$ 60 a R$ 70”, explica. Anteriormente, o paneiro do produto chegou a custar “até R$ 150 a lata do açaí de Macapá e no do Marajó até R$ 200”, relata o comerciante. O fornecimento que vem das ilhas segue forte até setembro e no caso do Marajó, a oferta vai até fevereiro.

Para os próximos meses, a tendência é de uma queda ainda maior, com o valor mínimo de até R$ 15, no tipo comum e médio, normalmente os mais acessíveis. Embora a sua previsão seja de queda, o empresário do segmento não teme prejuízos e ressalta que os lucros se mantêm constantes neste período. “A gente continua com a mesma produção (nesse período)”, afirma.

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