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Açaí paraense de Igarapé-Miri é importado e distribuído em Portugal

Produto é vendido em lojas de varejo e atacado, em polpa e no formato de sorbê - uma espécie de sorvete menos cremoso

Elisa Vaz, direto de Portugal

A entrada de produtos paraenses na Europa tem ocorrido de forma lenta, mas alguns frutos já fazem parte do cotidiano de quem vive no continente. O açaí produzido em Igarapé-Miri, por exemplo, tem conquistado os europeus e já é vendido em Portugal, em lojas de varejo e atacado, em polpa e no formato de sorbê - uma espécie de sorvete menos cremoso.

“É um produto novo, brasileiro, e o açaí paraense é viciante. Então, a gente está conseguindo viciar o mundo todo com esse produto”, comenta. Reinaldo revela que, apenas neste mês de junho, o seu cliente de Portugal vai comprar três contêineres de açaí, cada um com 24 toneladas. “Queremos aproveitar o verão europeu. Eles compram, nessa época, uma média de 15 contêineres, chegando a 20 ou 22 por ano”.

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Mesquita expôs os produtos de açaí no último final de semana, no Brasil Origem Week, evento realizado entre os dias 6 e 9, em Porto, Portugal, para divulgar os bens produzidos no país. Com a participação no evento, que teve milhares de visitantes, Reinaldo conseguiu apresentar seu produto para mais pessoas. “Eventos como esse são muito bons, servem para apresentar os produtos para o mundo. Várias pessoas ficaram conhecendo o açaí assim, provaram e já perguntaram se eu tinha à venda, como faziam para comprar”, ressalta.

Distribuição

O empresário que importa o açaí do Pará é Paulo Rodrigues. De acordo com ele, cada vez mais, o público em Portugal e na Europa como um todo tem se apaixonado pelo fruto paraense. “É uma boa importação já, e estamos tendo sucesso”, comemora. O diferencial de comprar um açaí direto do Pará é a qualidade do alimento e a naturalidade, já que a quantidade de conservantes é bem menor. “É inexplicável. Só mesmo quem visita o Pará, como eu já visitei, entende. É uma coisa fantástica mesmo”.

Para Paulo, a importância do evento é a divulgação do produto, principalmente considerando que a ideia é aumentar a quantidade de açaí importado para a Europa. “Queremos aumentar essa importação e ir para outros mercados também. Nós estamos com intenções de ir para a Ásia, que é um grande mercado que nós queremos explorar. Temos bastante clientes na Europa e pelo mundo afora, agora queremos expandir a nossa marca”, adianta. A empresa de Reinaldo já exporta, por ano, 110 contêineres para vários locais, com uma capacidade de triplicar o volume.

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