Pesquisadores descobrem que salmão pré-histórico tinha dentes parecidos com os de javali; veja fotos
O peixe Oncorhynchus rastrosus seria o maior da espécie que viveu no noroeste do Oceano Pacífico
Nessa quarta-feira (24), o periódico Plos One publicou uma nova pesquisa com informações sobre uma espécie de salmão da pré-história: Oncorhynchus rastrosus. Segundo o estudo, o animal teria dentes semelhantes aos de um javali e tamanho além do comum. Essa espécie viveu há milhões de anos no noroeste do Oceano Pacífico.
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A primeira vez que esse salmão foi descrito, conforme estimativas, seria na década de 1970. Estipula-se, também, que o animal tenha atingido até 2,7 metros de comprimento, sendo o maior membro descoberto da família Salmonidae.
Sobre os dentes frontais do salmão, pesquisadores desconfiavam que se tratavam de presas com projeção para trás. A suspeita se deu pelo fato da maioria dos fósseis dentários serem encontrados fora da boca e separados do crânio. Com novas tomografias, foi possível analisar e comprovar que esses dentes eram como os de javali: apontavam para fora e para os lados da boca do salmão.
A função dos dentes ainda é um mistério para os pesquisadores. Até o momento, três hipóteses foram apontadas: luta contra outros salmões com dentes semelhantes, proteção contra predadores e escavação de ninhos. A equipe acredita que os dentes não eram utilizados para capturar presas, já que o Oncorhynchus rastrosus se alimentava de plâncton — micro-organismos aquáticos que se movimentam com as correntes.
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Kerin Claeson, principal autora do estudo e professora de anatomia da Faculdade de Medicina Osteopática da Filadélfia, afirma que há décadas os pesquisadores sabem que esses salmões foram os maiores do Oregon Central.
“Estas pontas enormes na ponta dos seus focinhos teriam sido úteis para se defenderem contra predadores, competirem contra outros salmões e, finalmente, construírem os ninhos onde incubariam os seus ovos”, explica.
Independente do sexo da espécie, para Brian Sidlauskas, professor e curador de peixes da Universidade Estadual do Oregon, todos eram “igualmente temíveis”.
(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)
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