Pagamento por aproximação: conheça o que é e os riscos da tecnologia NFC

Saiba o que é NFC, a tecnologia de pagamento por aproximação que vem ganhando espaço no Brasil

Gabriel Bentes
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O NFC, sigla de Near Field Communication (Comunicação de campo próximo), é uma tecnologia que vem ganhando espaço no Brasil devido sua praticidade no cotidiano, como: realização de transações, pagamentos e destravamento de portas e roletas de transporte público. A função se torna prática pois pode ser utilizada em cartões de créditos (contactless), relógios (smartwatch) e até mesmo em celulares.

Como toda tecnologia, o NFC também tem seus riscos, e o usuário deve ficar atento sobre suas funcionalidades para utilizar o recurso promissor de forma cuidadosa e não acabar se arriscando.

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O que é NFC?

O NFC é uma tecnologia de troca de informações por meio de aproximação entre dois dispositivos que pode ser utilizada para diversas finalidades - como pagamentos. Diferente das funções de Wi-fi e Bluetooth, o NFC requer uma aproximação de no máximo 10cm para o funcionamento do recurso. Geralmente, a conexão é estabelecida quando os dois dispositivos compatíveis tocam um ao outro.

Por conta disso, o NFC é considerado como seguro para o usuário porque só funciona a raios curtos de distâncias, evitando que intrusos interfiram na conexão. Essa forma de contato dispensa configurações de pareamento e permite que um dos lados da conexão não necessite de energia para funcionar - devido a proximidade, um dos dispositivos pode servir como provedor de energia para estabelecer ligação com o outro.

A função NFC depende de um chip que vem acoplado aos dispositivos compatíveis, ou seja, nem todo dispositivo ou smartwatch possui a funcionalidade, mas a grande maioria dos celulares de nível intermediário já dispõe da tecnologia.

Como e onde usar o NFC?

Os dispositivos NFC se caracterizam em: ativos e passivos

Ativos:

Têm energia própria e podem tanto enviar quanto receber informações - como celulares, terminais de pagamentos e de transporte público.

Passivos:

Necessitam de um chip ativo próximo para conseguir energia e apenas transmitem informações - cartões de crédito e débito, cartões de transporte público ou TagsNFC.

As TagsNFC são adesivos ou botões de registro, que, ao entrar em contato com o celular, por exemplo, abre um aplicativo pré-selecionado pelo usuário.

Como ver se meu dispositivo tem NFC?

O jeito mais fácil de verificar se o dispositivo tem ou não a função NFC é lendo a ficha técnica e verificando no próprio aparelho. Em alguns casos, como dispositivos da Samsung e Iphone, algumas linhas de celulares da marca já vem com a função habilitada de fábrica. Caso queira verificar no próprio aparelho, siga esses passos:

Samsung

  1. Abra as Configurações;

  2. Selecione Conexões(Wi-fi, Bluetooth, Modo offline);

  3. NFC e Pagamentos sem contato;

  4. Coloque a área do dispositivo exibida próxima ao leitor do NFC.

IOS

  1.  Abra o Ajustes;

  2.  Selecione “Central de Controle”

  3.  Adicione a opção “Leitor de etiqueta NFC”;

  4.  Deslize a tela para baixo e abra a Central de Controle;

  5.  Toque no ícone do leitor de NFC, o mesmo encontrado em cartões por aproximação;

  6.  Aproxime o aparelho de outro dispositivo.

Quais os riscos no uso da tecnologia?

Como já mencionado, nenhuma tecnologia é totalmente segura. O fato de efetuar pagamento sem a necessidade da senha, que sempre foi a maior garantia de segurança do usuário, ainda assusta quem está conhecendo a tecnologia. Por exemplo, muitos têm receio de alguém passar, de forma discreta, a 'maquininha' perto de sua bolsa e fazer a transação sem ao menos perceber.

Muitos usuários utilizam da função mas não tem orientação suficiente sobre o uso e os riscos, o que pode levá-los a ser mais vulnerável em casos de transações indevidas - onde muitos sequer autorizam o pagamento por aproximação. O maior problema é na contestação com as empresas responsáveis sobre suposto golpe, já que, geralmente, o usuário não consegue provar que não foi ele que realizou a transação.

Para evitar isso, o próprio usuário pode desativar a função, que muitas vezes já vem habilitada de fábrica.

(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão do editor de OLiberal.com, Felipe Saraiva)

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