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Wanda Monteiro e Mestre Damasceno são os homenageados da Feira Pan-Amazônica do Livro de 2025

Paraenses tem obras importantes para a cultura da Amazônia e do Estado.

Bruna Dias
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A escritora Wanda Monteiro e Mestre Damasceno são os homenageados na 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, que irá ocorrer em 2025. Sempre no mês de agosto, o evento traz dois paraenses com destaques na literatura para serem celebrados.

“Wanda Monteiro, poeta paraense de Alenquer. Filha de Bené Monteiro, nós festejamos o centenário dele, ela vai pelo mesmo caminho, com uma poética extraordinária e já com uma carreira internacional. Uma mulher sensível. Tem também o nosso amado Mestre, de Salva-terra, guardião do Búfalo-Bumbá. Esse homem é homenageado em prosa, verso e Carnaval na avenida do samba. Essa figura que é hoje conhecida no brasil inteiro. Mestre da cultura popular”, pontua Úrsula Vidal, secretária de Cultura do Estado do Pará.

Wanda Monteiro é advogada e escritora, nascida no Baixo Amazonas. Poeta, a paraense her-dou a veia artística do pai e fala sobre a sua trajetória como mulher amazônida. Wanda é autora de diversas obras, como ensaios, poemas, contos e romances.

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“Sinto-me comovida e imensamente grata pelo reconhecimento nessa caminhada de meu fazer literário.  Escrever para mim, mais que um de existência, é um ato de resistência”, disse a homenageada.

Wanda destaca o livro de poemas “Aquatempo Aquatiempo” como o de maior destaque na sua trajetória. A obra traz poemas em uma estrutura romanesca, desenhada pelo diálogo entre um casal de ribeirinhos que vive numa ilha fluvial e dialoga sobre tempo, memória, vida e morte.
“O livro é resultado de um mergulho muito fundo na memória onde fiz a busca de uma cos-mogonia por mim vivida nas águas de meu rio Amazonas. Além de ser, também, resultado da maturidade alcançada nos ossos da palavra”, explica a autora.

O marajoara Mestre Damasceno é um cantor, compositor e diretor artístico brasileiro, uma personagem importantíssima na cultura popular do Marajó. O Mestre é membro fundador da Academia Marajoara de Letras e tem a sua obra declarada como patrimônio cultural imaterial do Estado do Pará.

A trajetória do marajoara no carimbó inclui inúmeras composições que exaltam as belezas naturais e as tradições dos povos ribeirinhos, com uma habilidade única de incorporar ele-mentos da cultura indígena e afro-brasileira em suas criações. São mais de 400 composições, 4 álbuns lançados, além de estrelar os documentários “Mestre Damasceno – O Resplendor da Resistência Marajoara” e “O Boi-Bumbá de Salvaterra e suas Comunidades Quilombolas”, ambos dirigidos pelo produtor e amigo de longa data, Guto Nunes. Damasceno é o criador do Búfalo-Bumbá, a brincadeira junina que iniciou como boi-bumbá, e em homenagem à força e a tradição de criação de búfalos em terras marajoaras, ganhou o atual nome. 

"Estou muito feliz por tudo que eu tenho feito pela cultura popular. A criação do Búfalo-Bumbá, do Boi da Acessibilidade, os arrastões pelas ruas da cidade, os cortejos... Tudo em prol de Salvaterra, do Marajó e de uma cidade melhor. E a gente se sente feliz por toda as aprovações que a gente recebe dos órgãos mais competentes desse Pará. Quando a gente recebe, como um dos melhores meios da cultura popular, essas homenagens dentro de órgãos público e políticas públicas, a gente se sente feliz por isso. A gente já fez muito pela cultura popular e ainda temos o interesse de fazer muito mais por ela. Precisamos somente de apoio para poder criar políticas pública para repassar os saberes e fazeres da cultura popular paro nossos jovens, para nossas crianças, porque podemos fazer muito mais", disse o Mestre.

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