Tiffany Boo lança clipe de "Bate, amiga"
O single é a estreia de Tifanny na cena musical
Exatamente um ano depois do lançamento da música "Bate, amiga", Tiffany Boo escolhe a mesma data para lançar o clipe, que traz no enredo referências de vivências na infância. O single é a estreia de Tifanny na cena musical e ela já planeja o lançamento de mais duas músicas inéditas que vão compor seu primeiro EP.
"Bate, amiga" é um feat com Maderito, da Gang do Eletro. Tiffany disse que conversou com o músico e os dois mergulharam no trabalho de composição. "Quis estrear com o brega, que é um gênero musical pra cima e contagiante. E como a gente não tem uma drag a frente deste estilo musical, achei importante entrar e colocar as referências da comunidade LGBTQIA +", destacou Tiffany.
A artista explicou que o intervalo de um ano se deve aos problemas ocasionados
pela pandemia do novo coronavírus, pois estava a espera de maior flexibilização dos espaços e também de maior recurso para investir no trabalho. "É tudo feito de forma independente e para realizar esse trabalho precisei fazer outras atividades para arrecadar recursos", explicou Tiffany.
Sobre o enredo, a cantora disse que resgatou vivências da infância para a construção do clipe. “Quando criança eu sempre me escondia no quarto para expressar meu lado artístico. Achava que mostrar minha feminilidade era algo ruim e que iam brigar comigo.Nesse primeiro clipe quis mostrar quais foram as referências que fazem parte da criação da Tiffany e mostrar uma realidade que não é exclusivamente minha, mas também de muitos LGBTs que passaram pelas mesmas situações na infância”. As botas e o microfone em formato de T foram herança da rainha dos baixinhos, Xuxa. Já o “Boo” do nome faz referência à personagem de Monstros S.A. Mas para reconhecer todas as outras referências é preciso ficar bem ligado no vídeo.
A música deu mais visibilidade ao trabalho da artista, que ganhou um clipe assinado pela Cyn Produções, produtora que também é formada por LGBTs e já teve trabalhos exibidos em mais de 11 festivais nacionais e até em Berlin, na Alemanha.
“Embarcamos nesse projeto voluntariamente porque ele nos representa enquanto LGBT e acreditamos na potência que a história da Tiffany pode ter para levantar a autoestima de muitas pessoas da nossa comunidade", explica Edielson Shinohara, diretor do clipe. Mas o time de aliados e fãs de Tiffany também estão presentes nas cenas, na produção e na comunicação da artista.
O mais novo trabalho conta com a participação de artistas do coletivo “Noite Suja” que é um projeto artístico cultural LGBTI de Belém, como Flores Astrais, Xirley Tão, Alice Kazu, Tiana Ferreira, e reúne, nos bastidores, potentes nomes da moda, designer e do audiovisual, como Allyster Fagundes, Danyllo Bemerguy, Vinícius Lima, Marcelo Oliveira e Pablo Azevedo.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA