Exclusivo: ator Jovan Adepo fala sobre nova série internacional da Netflix
O artista anglo-americano terá um papel importante em produção de ficção-científica.
No próximo dia 21 de março, chega à Netflix a nova série de ficção-científica “O Problema dos 3 Corpos”. Com 8 episódios, a produção é uma adaptação do romance chinês escrito por Cixin Liu, a história de “O Problema dos 3 Corpos começa” na China, na década de 1960. Ele é vencedor da premiação Yinhe (nove vezes), maior prêmio de ficção científica da China.
“O Problema dos 3 Corpos” foi criada por David Benioff e D.B. Weiss (Game of Thrones).
Na trama, um grupo de pessoas participa de um projeto secreto de comunicação com extraterrestres durante a Revolução Cultural. A história acompanha o planeta Terra à beira de uma invasão alienígena.
O ator Jovan Adepo viverá Saul Durand. Um homem muito inteligente, mas bem menos focado que os colegas. Saul é físico, trabalha como assistente de pesquisa e nunca alcançou todo o seu potencial.
No ano passado ele atuou em “Sede Assassina” e “Babilônia”, mas ganhou destaque na segunda temporada de “Jack Ryan”, quando deu vida a Marco Bispo.
Veja a entrevista exclusiva de Jovan Adepo:
P: Conte um pouco sobre os testes e como você foi selecionado para o papel de Saul.
JA: O processo de testes foi tradicional. Tive uma reunião com David Benioff e Dan Weiss, que me explicaram um pouco a história, porque o livro em si é muito complexo. É um material incrível, mas tive que ler várias vezes para compreender alguns conceitos de física e ficção científica. Depois que entendi o básico, tivemos algumas leituras com alguns outros atores para testar a química, e alguns dias mais tarde, descobri que tinha conseguido o papel. Fiquei muito empolgado.
P: Como ator, com quais características do Saul você se identificou? Tem alguma semelhança entre você e o personagem?
JA: O Saul não tem muito a ver comigo, mas acho que todo mundo conhece alguém como ele. É um cara que não aproveitou todo seu potencial. Ele tem todas as ferramentas para ser bem-sucedido, é talentoso e muito inteligente, mas não tem a mesma ambição que outros parentes e amigos. Ele chegou a um ponto na vida em que precisa mudar tudo o que sempre fez para poder melhorar ou permanecer igual e nunca avançar na vida. É muito legal interpretar um personagem assim, porque adoro esses caras considerados perdedores, que ninguém espera nada deles. Gosto de ver como esses personagens se mostram à altura dos acontecimentos.
P: Antes de ser selecionada, você já conhecia a trilogia de livros em que a série foi baseada?
JA: Nunca tinha lido, então foi uma viagem conhecer esse fenômeno global. Antes dos testes, procurei um resumo no Sparknotes, mas não achei. Por isso, tive que fazer uma reunião com os criadores para saber que rumo eles queriam dar para a história e entender os principais conceitos que queriam transmitir.
P: Como você se preparou para o papel?
JA: Uma das coisas mais legais que fizemos foi uma viagem com Jess Hong logo antes de começar as filmagens, para a Universidade de Oxford. Ninguém nos pediu para fazer isso, mas achamos que seria legal sentir como era estudar lá. Conversamos com alunos muito legais que estavam fazendo doutorado em Física, conhecemos o campus todo e os alojamentos também. Foi muito bem ver o lugar onde esses amigos poderiam ter se conhecido e passado por várias experiências ao longo da faculdade. Também foi muito legal ver como teríamos nos tornados bons amigos, sabendo tudo um sobre o outro.
P: Com quais temas desta temporada você mais se identificou?
JA: Como disse antes, acho que o Saul representa o potencial não aproveitado. E também os temas da família, da amizade, dos obstáculos, da fé, que valem para vários personagens da série. Tentar descobrir com quem podemos contar, acreditar uns nos outros e tentar resolver esse fenômeno global que afeta a humanidade toda.
P: Você pode contar um pouco mais sobre a história do Saul nesta temporada? Quem é esse personagem, de onde ele vem, quais são as especialidades dele e qual é o papel dele na luta da humanidade pela sobrevivência?
JA: Quando aparece pela primeira vez, o Saul parece meio fracassado em comparação com os amigos. Todos fizeram coisas incríveis na área da ciência e da física, mas ele ficou para trás, trabalhando como assistente de pesquisa. E acho que ele faz isso para ficar perto da Vera, que é como uma figura materna para ele, uma rede de segurança. Às vezes, isso pode ser contraproducente, porque faz com que ele não tente evoluir e dar passos maiores. Então, quando o Saul aparece pela primeira vez, ele está muito à vontade nessa posição. Mas quando surge o grande problema global, ele é forçado a prestar mais atenção em coisas que estão fora do ambiente mais próximo dele.
P: Que parte da história do Saul você considera única e original, especialmente para esse gênero e esse tipo de narrativa?
JA: Muitas pessoas podem se identificar com um cara como o Saul. Ele é muito inteligente, mas interage muito bem com as pessoas comuns. Ele pode estar em um bar e depois ir trabalhar sem titubear. Isso gera muita identificação. Por isso, adorei interpretá-lo e espero que o público sinta a mesma coisa.
P: A história do Saul nesta temporada gira em torno dos Cinco de Oxford. Como foi trabalhar com esse elenco?
JA: Sou fã do elenco todo, Jess, Eiza, Alex, John Bradley, e de tudo o que eles fizeram antes, então foi muito legal ver como essas pessoas tão diferentes trabalham. Foi muito legal colaborar, experimentar coisas diferentes no set e improvisar. Poderia ter sido um desafio, porque cada um tem seu método de preparação, mas foi muito legal porque todos tínhamos o objetivo comum de fazer algo incrível. Além disso, acreditamos no material, nos produtores e na Netflix. Como todos estávamos de acordo, era muito fácil ir trabalhar todos os dias. Foi muito bom ver cada artista trabalhando do seu jeito e brilhando em suas cenas.
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