Alok em Belém: show no dia 23 celebra ancestralidade e marca contagem para a COP 30
Com entrada gratuita, evento acontecerá no Estacionamento do estádio Mangueirão, no bairro do Bengui, e reunirá artistas regionais em megaestrutura
No próximo sábado, dia 23, representantes de culturas variadas da Amazônia e de fora da região vão se encontrar em Belém, no show que marcará o início da contagem regressiva para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, a ser realizada na capital do Pará, em novembro de 2025. Esse show com acesso gratuito, a partir das 18h, no Estacionamento do estádio Mangueirão, no bairro do Bengui, vai reunir o DJ Alok (Aurea Amazônia), artistas regionais e pessoas de povos que contam a trajetória histórica e cultural desse bioma com a maior bacia hidrográfica e maior floresta tropical do Planeta Terra. O evento conta com uma megaprodução e estrutura e é apresentado pelo Banco do Brasil, com patrocínio master da Vale, patrocínio do Governo do Pará, Estrela Galícia e Vivo, apoio Stanley e realização 30e.
A festa será pontuada pela expectativa e esperança dos povos de que a COP30 consiga sensibilizar governantes e cidadãos de países a atuarem em prol do chamado desenvolvimento sustentável (respeito ao meio ambiente e produção econômica). E a arte se insere de forma precisa nesse contexto., abordando aspectos da vida na Amazônia e na Terra por meio da música. O carimbó traz a vivência de povos da floresta - o dia a dia de ribeirinhos, quilombolas e indígenas, a fauna e flora da região e a preocupação ambiental de quem tira o seu sustento da própria natureza.
O brega revela as festanças das pessoas que moram nas metrópoles, nas cidades e lugarejos do interior da Amazônia e convive com muitos outros gêneros musicais na região. Toda essa diversidade sonora regional pode dialogar com a música eletrônica, como diz Pinduca, o Rei do Carimbó, com 87 anos de idade e 51 de carreira. "O carimbó sempre é bom, sempre dá festa, dá para conviver muito bem com os outros ritmos", afirma. "Nós vamos mostrar para o público no dia 23 um pout-pourry de músicas para levantar a galera. Vai ter muito carimbó e uma surpresa", adianta Mestre Pinduca.
A cantora Joelma vai comparecer com o seu hit planetário "Voando pro Pará" e outras canções para não deixar ninguém parado. Gaby Amarantos vai extrasavar sensualidade e interpretação musical em um leque de ritmos contagiantes. Toda a energia do tecnobrega vai estar na festa por intermédio de uma intérprete vibrante: Viviane Batidão. A nova geração da música paraense terá como representante a cantora Zaynara, com seu toque romântico especial, ou seja, o beat melody. Tudo isso junto com um público que respira música e adora dançar. “Será uma honra poder levar um pouco do meu Beat Melody ao Aurea, que também marca a contagem regressiva para a COP30, acontecimento tão importante ao planeta e que podemos reforçar a atenção para ela desde já, também por meio da cultura, assim como essa iniciativa do Alok", enfatiza Zaynara, também no clima.
Sideral
No show, o DJ goiano Alok vai contar com uma megaestrutura. Ela envolve mais de 100 toneladas de equipamentos, palco giratório de visão 360º, altura equivalente a um prédio de quase dez andares, 400 refletores, 600m2 em mais de dois mil painéis de led.
Alok possui uma trajetória de atividades relacionadas à causa ambiental. Ele recebeu o convite do governador do Pará, Helder Barbalho, ainda em abril deste ano, para ser o embaixador da COP 30. Os os artistas Mapu Huni Kuin, Owerá, Célia Xakriabá, e os grupos Yawanawa, Brô MCs, Kaingang e Guarani Nhandewa compõem o recém-lançado álbum "O Futuro É Ancestral", de Alok, e integram a turnê do DJ. Pelas atrações e preparativos, o show tem tudo para celebrar a sensibilidade ambiental da quem vive na Amazônia e de quem também vive a partir dela.
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