Com estreia de ‘Paraíso Tropical’, Tony Ramos está no ar em três tramas globais
De volta no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, a trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares hoje
O ator Tony Ramos está dominando a telinha da TV Globo. Ele estará, essa semana, em três tramas originais da emissora. No ar como o produtor rural Antônio La Seva, de ‘Terra e Paixão’, novela das 9, ele fará dobradinha a partir de hoje (27), em “Vale a Pena Ver de Novo”.
Em ‘Mulheres Apaixonadas’, que já faz parte da programação global, Tony vive como o músico Téo, agora ele chega como o Antenor Cavalcanti de ‘Paraíso Tropical’, que passa a ser exibida às Ou seja, será possível encontrar o ator diariamente como vilão e como mocinho.
Claro que com a chegada dessa nova trama, o público começará a comparar os dois vilões: Antônio La Seva e Antenor Cavalcanti. “Os personagens são absolutamente díspares, muito distantes. É claro que a ambição nos dois é absoluta, são muito ambiciosos. Só que a ambição de Antenor era medida, ele não mandava matar, não tinha essa obsessão pelo poder da forma que o Antônio La Selva tem. Então, eles são bem diferentes, mas, ao mesmo tempo, são muito ricos como personagens. Para mim, como ator, ter feito Antenor em ‘Paraíso Tropical’ e, agora, poder fazer o Antônio La Selva é um dos maiores momentos da minha vida, e isso eu sei andando na rua, no posto de gasolina, no aeroporto – outro dia eu entrei em um restaurante e as pessoas começaram a bater palma... Então são esses os fenômenos da TV aberta e uma bela personagem. Claro que o Antônio La Selva é um homem de um caráter absolutamente horroroso, é evidente, e eu tenho consciência disso [risos]. Mas como personagem para um ator desenvolver, sem dúvida, é um lindo presente que eu ganhei do Walcyr Carrasco”, explica.
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Exibida originalmente em 2007 e, agora, pela primeira vez no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, ‘Paraíso Tropical’ é ambientada em Copacabana, com toda beleza e contradições que o tornam um bairro-símbolo do Rio de Janeiro, e fala sobre cobiça e ética, reunindo personagens que ficaram marcados em nossa teledramaturgia, como o poderoso empresário Antenor Cavalcanti. De caráter forte e dominador, Antenor dedica-se inteiramente ao trabalho e é mal resolvido sentimentalmente. Machista, tem um casamento tradicional com Ana Luísa (Renée de Vielmond), porém não dá valor à fidelidade, mantendo um caso extraconjugal com Fabiana (Maria Fernanda Cândido), sua secretária.
“O convite para fazer o Antenor surgiu do próprio Gilberto Braga. Eu não fiquei com uma preparação muito determinada para fazer aquele rico empresário. Na verdade, eu fiquei mais antenado e objetivado no próprio texto porque o texto do Gilberto era tão claro, tão transparente, com tantas informações que, por si só, já te ajudava na pesquisa. E aí você via os trabalhos de relacionamento entre os personagens que iam se encontrando e reencontrando durante a novela, como a Glorinha Pires [que interpreta Lúcia], a Renée de Vielmond [que interpreta Ana Luísa Cavalcanti]. Lembro a beleza que era ver o trabalho de Camila Pitanga com a Bebel, linda personagem que ela desenvolveu. Então o próprio texto te conduzia automaticamente às informações para você poder criar a tua personagem”, disse o artista.
‘Paraíso Tropical’ é um clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com direção de Dennis Carvalho. Além do Rio de Janeiro, a história se passa, inicialmente, na cidade fictícia de Marapuã, na Bahia. É lá onde vive Amélia (Susana Vieira), dona do bordel mais famoso da região, e mãe da doce e honesta Paula (Alessandra Negrini), a gerente de uma pousada em Pedra Bonita, cidade próxima a Marapuã. Os problemas de saúde de Amélia levam Paula à cidade onde também, coincidentemente, está Daniel (Fábio Assunção), o diretor-executivo do Grupo Cavalcanti, um dos mais fortes do país, fundado e presidido pelo empresário Antenor Cavalcanti (Tony Ramos). A empresa tem interesse em construir um resort na região, mas o prostíbulo de Amélia fica exatamente no terreno onde seria erguido o empreendimento, o que gera um embate entre Daniel e a mãe de Paula.
“São várias lembranças (que tem da novela)... Primeiríssimo lugar, a de poder trabalhar com um grande texto do Gilberto Braga. A perfeita direção de Dennis Carvalho, bem-humorada, muito clara, transparente, de muita qualidade. Então, era uma dupla muito afinada. Gilberto e Dennis, todo o elenco, o prazer de trabalhar com Wagner Moura, Vera Holtz, Otávio Müller, Fabinho Assunção. Há muitas outras pessoas que me são muito saudosas, como o Hugo Carvana, que fazia o pai de Antenor [Belisário Cavalcanti], e Yoná Magalhães [intérprete de Virgínia]. Tínhamos um elenco afinadíssimo, de muita experiência, muito bem-humorado, que trabalhou junto com muita disposição. Tivemos também participações importantes como a de Maria Fernanda Cândido. Lembro que havia sempre uma intenção do Dennis de criar toda uma atmosfera que o texto já apresentava, mas ele, como diretor, criava uma outra ainda tão boa quanto o texto. Enfim, tudo funcionou muito bem”, pontua.
Tony ficou marcado por esse personagem, já que no horário das 9, ele sempre era o mocinho das histórias, em ‘Paraíso Tropical’ ele mostrou essa nova faceta para o telespectador. O ator lembra que a seriedade passada pelo Antenor escondia o clima tranquilo por traz das câmeras.
“O importante sempre era o humor, lembro as cenas que eu tinha com o [Hugo] Carvana, por exemplo. De maneira geral, os bastidores das cenas eram fantásticos, porque havia muito humor, mas bastante concentração e disciplina. Era um prazer muito grande”, relembra.
“Tem algumas cenas que são emblemáticas para mim. Após a separação entre a minha personagem e a da Renée de Vielmond, o Antenor procura o personagem do Fabinho Assunção e começa a conversar, fazer um balanço de vida e, movido por duas, três doses de uísque, ele vai ficando emocionado. Essa, para mim, é uma cena emblemática, sem dúvida”, finaliza Tony Ramos.
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