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Festival 'Vinho Nômade' leva gastronomia e turismo sustentável para a Ilha do Combu

Evento convida para uma experiência enogastronômica com objetivo de estimular novas formas de turismo sustentável e de experiência, valorizando a comunidade e o comércio local

Caio Oliveira
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Unindo gastronomia, degustação de vinhos e sustentabilidade, o projeto Vinho Nômade chega a sua sétima edição, a ser realizada no restaurante Boá - Experiência Amazônica, na Ilha do Combu, nesta sexta-feira, dia 05 de fevereiro. Em parceria com o restaurante Le Bistrot, o evento para vinte participantes - limite reduzido devido às restrições por conta da pandemia - convida para uma experiência enogastronômica com objetivo de estimular novas formas de turismo sustentável e de experiência, valorizando a comunidade e o comércio local.

“Há dez anos, quando eu voltei para Belém, eu tive essa vontade de criar um projeto em que a gastronomia regional estivesse em evidência. Pensei em harmonizar com vinho, mas também, levar para um contexto mais natural, tirando do esnobismo do restaurante, deixando as pessoas mais à vontade, em contato com a natureza. E foi dando certo. O projeto está crescendo e já fizemos em lugares como Algodoal, Fortalezinha [município de Maracanã], Ilha das Onças [Belém] e Canoa Quebrada, no Ceará. A ideia mesmo é esse nomadismo, tirar o vinho do restaurante e levar para lugares inusitados essa degustação”, explica Ana Luna Lopes, idealizadora do projeto e sommelier com formação profissional na Itália e na França.

Além dessa valorização da natureza, Luna explica que o Vinho Nômade quer dar mais visibilidade para as pessoas da terra que produzem a boa comida. “Normalmente, quando vamos fazer em um local específico, nós abrimos diálogo com a comunidade local, com os pequenos produtores, para que eles forneçam os produtos. Então o projeto também tem essa pegada de abertura de diálogo, novas formas de ver a gastronomia, novas formas de consumo, sustentabilidade” explica. “Para a gente, é muito importante dar uma ideia de que nós podemos sim fazer turismo dentro de nossos rios e praias sem destruir a natureza, evidenciando e dando destaque para a beleza das nossas paisagens, mas dando mais destaque ainda para nossa gastronomia e nossos insumos, que são únicos”, diz a organizadora.

No cardápio desta edição, o evento conta com um almoço em quatro atos, começando com degustação de ostras vindo diretamente de Perurú de Fátima. comunidade em São Caetano de Odivelas, nordeste paraense, preparadas pela chef Raquel Sobral, em um intercâmbio entre as regiões do Estado. Em seguida, haverá a harmonização de vinho com os pratos de maior destaque no restaurante Boá. A cozinheira do estabelecimento, Dona Nilza, começa servindo uma Mujica de Peixe e, depois, Mil Folhas de Palmito Pupunha com Camarão Seco, finalizando com Filhote na Brasa com Legumes e Arroz com Manga. De sobremesa, será degustado Creme de Bacuri com Castanha e Nibs de Cacau da Ilha do Combu.

“Queremos estimular esse turismo não massificado, não predatório, que observa mais o movimento da natureza e dialoga com a comunidade local, e queremos  novas formas de desenvolver o turismo em nossa região, mostrar para as pessoas que através da gastronomia, podemos unir novos elos de ligação com a natureza, com as pessoas, com a música e, claro, desenvolver o comércio”, finaliza Ana Luna.

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Cultura
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