Rir é o melhor remédio e comediantes paraenses mostram a força do stand-up no Dia do Riso

Comédia regional está com novos talentos que buscam transformar o humor em uma ferramenta de reflexão e conexão com o público

Amanda Martins
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O Dia Internacional do Riso, celebrado neste sábado (18/01) reforça a importância do humor e da alegria para o bem-estar. A ciência comprova que rir é, de fato, um excelente remédio. Um estudo da Universidade de Oxford revelou que a risada estimula a liberação de endorfinas, hormônios que promovem a saúde mental e ajudam a aliviar a dor. Apenas 15 minutos de momentos bem-humorados podem aumentar o limiar da dor em até 10%, destacando os benefícios físicos e emocionais do riso.

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Em Belém, o grupo de comédia Vergonha Alheia é um exemplo de como o humor pode transformar vidas. Cada integrante traz sua própria visão e abordagem para o humor. Chris Costa, de 28 anos, descreve-se como ‘o mais perdido do mundo’, enquanto Júlio Caramez, de 22, assume a comédia como ‘pura confusão e absurdo misturado’. Lucas Gomes, também de 22 anos, adota um estilo mais observacional, explorando situações cotidianas com indignação cômica;  já Carlos Cruz, de 32, utiliza sua experiência como pai e marido para construir narrativas engraçadas e reflexivas sobre a vida adulta.

Com mais de um ano de história, o coletivo aposta no stand-up e em cenas improvisadas para arrancar risadas e oferecer momentos de descontração ao público durante suas apresentações pelos pubs da cidade.

Da sala de aula para o palco

Chris Costa relembra sua primeira experiência ao fazer uma plateia rir ainda na escola, ao apresentar um trabalho sobre como imaginava seu futuro. A reação da turma foi inesperada e marcou o início de sua relação com a comédia. “Decidir começar a fazer comédia foi uma surpresa pra minha família e até pra mim mesmo”, confessou o comediante.

Além dos palcos, Chris também viu suas redes sociais ganhar um ‘boom’ com vídeos em que interpreta o ‘Jesus de Belém’. “O público se divertiu bastante. Talvez porque é uma figura que todo mundo conhece e adaptar para o nosso cotidiano faz com que as pessoas se identifiquem mais”, comentou.

Para ele, o humor exige entrega emocional e preparo, especialmente diante de desafios pessoais. “Fazer isso durante algum conflito interno, angústias, traumas é bem complicado. Mas ver as pessoas rindo e sentir que estamos melhorando o dia de alguém já é muito recompensador”, afirmou Chris.

Inspirações

Desde criança, Julio Caramez já gostava de fazer graça e de se apresentar em público. No entanto, foi ao subir no palco pela primeira vez para um show de stand-up que encontrou sua verdadeira paixão. “Eu fiquei apaixonado e até hoje não consegui mais parar. Pode ser um show para duas pessoas que eu vou estar lá muito feliz”, revelou.

Inspirado por grandes nomes da comédia regional, como Murilo Couto e o grupo ‘Em Pé na Rede”’, e internacionais como Andy Kaufman e Bo Burnham, Julio desenvolveu um estilo único e reflete sobre o impacto da comédia em sua vida. Para ele, a comédia é mais que entretenimento: é terapêutica.

“Trabalhar com comédia faz a gente olhar para coisas da nossa vida que a gente nunca olhou antes”, destacou.

Sobre o cenário humorístico no Pará, o comediante reconhece os desafios, mas encara como um estímulo. “Se a gente conseguir fazer humor aqui, consegue em qualquer lugar”, acrescentou.

Para Lucas Gomes, o stand-up é mais do que entretenimento. Ele acredita que o humor tem um papel social importante, levantando reflexões por meio das piadas. “Podemos fazer questionamentos e apontar fatos que a mídia e a sociedade querem ignorar, mas que estão presentes na vida de todo cidadão brasileiro”, destacou.

Ele se define como um comediante de piadas de identificação, com foco no cotidiano. “Sempre busco falar de coisas do cotidiano onde vai gerar identificação nas pessoas”, explicou Lucas.

Lucas enxerga que o futuro da cena da comédia paraense é promissor. Segundo ele, há grandes comediantes e promessas na capital. “Mas sempre é importante ter mais gente fazendo. Sei que tem muita gente que quer fazer stand-up aqui, porém não sabe que tem uma cena aqui. Se essas pessoas vieram falar conosco, conseguimos ajudá-las a começar a fazer e assim fazer a cena crescer cada vez mais”, afirmou.

Humor como terapia e conexão

Carlos Cruz, universitário e auxiliar administrativo, descobriu sua paixão pela comédia assistindo programas como ‘Sai de Baixo’ e ‘Programa do Jô'. Inspirado por grandes nomes como Dercy Gonçalves, ele decidiu se aventurar no stand-up após assistir a um show ao vivo em 2019.

O comediante destaca a troca de energia com o público como um dos momentos mais gratificantes de sua carreira. “Durante uma hora ou mais, as pessoas esquecem os problemas e se divertem. Isso é uma das melhores coisas em fazer comédia”, declarou.

Carlos vê a comédia como uma troca de energia. “Ver que durante uma hora ou mais as pessoas esquecem seus problemas e só se divertem é uma das melhores coisas em fazer comédia”, relatou. 

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