'Revérbero', exposição de Allyster Fagundes volta ao Centur em exibição gratuita

Premiada, mostra ocupa a Galeria Theodoro Braga até o final de outubro

Lucas Costa
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Um passeio pelo acervo de um multiartista, a exposição “Revérbero” volta ao Centur em nova temporada. De Allyster Fagundes, a mostra ocupa a Galeria Theodoro Braga até dia 29 de outubro, e fica aberta para visitação gratuita de segunda a sexta, sempre das 9h às 17h. Com a nova montagem, a mostra segue dividida em ilhas, mas ganha novos horizontes que, segundo o artista, sinalizam o futuro do seu trabalho.

"A grande novidade da exposição, além do tempo maior para visitação, são as 4 obras que compõem a Ilha das Sombras, criada especialmente para esse novo momento. Ela revela meu lado sombrio, que por muito tempo me privou de mostrar pro mundo que além de pesquisador eu também sou um artista drag que explora a feminilidade do corpo com orgulho", explica o artista.

Assista ao vídeo 'Revérbero', que dá nome à mostra:

“Revérbero” conta com cinco vídeos-performance, fotografias, caudas de sereia, objetos antigos e uma pintura, unindo artes plásticas e visuais. Outra grande novidade é o lançamento da exposição em uma plataforma virtual com obras inéditas, marcado para o dia 23 de setembro.

"Nós estamos trabalhando para expandir o projeto para internet, com intuito de facilitar o acesso às obras e lutar pela garantia do nosso direito à democratização da arte. As pessoas poderão explorar o ambiente da exposição como se tivessem lá, presencialmente e também terão acesso a um novo vídeo arte, realizado especialmente para plataforma", conta Allyster.

A mostra conquistou em 2020 o primeiro lugar no prêmio Branco de Melo, da Fundação Cultural do Pará, e antes mesmo de abrir para visitação na Galeria Theodoro Braga pela primeira vez, teve uma de suas vídeo-performances premiada no Festival Nóia de Cinema Universitário, no Ceará, como Melhor Fotografia e Melhor Figurino, além de ser selecionada para a Mostra Nacional Sesc Cultura ConVIDA 2020.

"Revérbero" é um dos resultados da pesquisa de mestrado de Allyster, no Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará, intitulada "O caminho que me fez chegar ao Eu Drag", norteada por suas descobertas durante a criação de sua dragqueen, homônima.

No início do ano, o projeto co-produzido pela CYN Produções foi premiado pelo edital de Artes Visuais da Fundação FotoAtiva e Secretaria Estadual de Cultura do Pará, financiado pela Lei Aldir Blanc. Para Allyster, esse apoio à cultura foi uma grande conquista da classe artística e é essencial para muitos coletivos iniciantes.

"A pandemia trouxe muita dificuldade pra quem faz arte, muitos de nós viram nesses editais uma garantia para continuarmos a produzir e levar, por meio das nossas obras, um pouco de esperança em dias melhores para a população", defende Allyster.

 

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