Reencontro: após três anos, cantora Luê retorna aos palcos da capital paraense

De Belém para o mundo, a cantora Luê retorna na sua cidade natal para se apresentar após três anos sem fazer show na capital paraense.  Além da emoção do reencontro com o público local, a artista promete um show repleto de músicas novas que serão "testadas" ao vivo pela primeira vez, além de um passeio por seus dois álbum já lançados "A Fim de Onda" e "Ponto de Mira". O show será realizado nesta sexta-feira (30), a partir das 19h no Teatro Gasômetro.

Ao lado de Renata Beckmann na guitarra, Camila Barbalho no baixo e Márcio Jardim na percussão, Luê comanda voz e rabeca no show, que será realizado em formato semi acústico. A performance também contará com participações especiais. A cantora garante estar muito animada para o reencontro. “Esse retorno significa muito para mim, porque tem muito tempo que não toco em Belém, na minha casa, onde tudo começou. Passei por um momento complicado de bloqueio de criatividade, o que é normal dentro desse contexto que passamos de pandemia, inseguranças. Minha ideia com o show é apresentar músicas novas, compartilhar com as pessoas um pouco do que eu estou sentindo e um pouco do universo que vem pela frente. Nesse momento que estou entrando, artisticamente falando, estou mergulhando muito mais na sonoridade amazônica, algo que sempre esteve à minha volta muito por influência do Arraial do Pavulagem, que é minha escola de música, para além de conservatórios clássicos, foi ali no popular e regional onde nasci e cresci. É de lá que vem minhas primeiras referências musicais. Então não tem lugar melhor pra fazer esse show do que a minha ‘casa’, a minha cidade”, confessou.

A cantora revela ainda que, “as pessoas podem esperar um repertório que vai passear pela minha obra como um todo, terão músicas do meu primeiro disco, do segundo e novos singles com feats especiais. Mas meu principal objetivo é trazer novidades para o público paraense, inclusive eu falo muito sobre a saudade da minha casa, do calor, da comida, das pessoas. Essa ânsia da saudade está bem presente nas minhas letras. A gente quer que o mundo conheça nosso trabalho e isso tudo é normal, mas nada se compara a ter raízes em algum lugar, é saber que eu sempre vou ter para onde voltar”.

Luê ressalta que a arte em geral tem o papel de nos fazer pensar. “São dois pilares, um é o entretenimento e o outro é a parte mais reflexiva. Arte é política. Então precisamos unir as duas coisas de alguma forma para que a gente entenda melhor o papel da arte no mundo como um todo”, concluiu a cantora.

Luê é paraense, com formação clássica em violino, integrando a Orquestra Sinfônica da Escola de Música da Universidade Federal do Pará, local em que aprofundou seus estudos como instrumentista. A cantora sempre flertou com a música de sua região, por influência familiar: Luê é filha de Júnior Soares, um dos fundadores do Arraial do Pavulagem, grupo voltado para a pesquisa, produção e valorização da cultura popular do Estado do Pará.

O primeiro disco da cantora foi “A Fim de Onda” (2013), saudado pelo jornalista Mauro Ferreira como “um dos melhores discos brasileiros do primeiro bimestre de 2013” e circulou pelo Circuito Sesc e Virada cultural de São Paulo. A artista ainda colaborou com nomes como Luísa e os Alquimistas, Curumim, Giovani Cidreira, Serena Assumpção, Sebastianismos, o canadense-haitiano Vox Sambou, entre outros. 

Agende-se

Luê em Belém

Data: 30/09

Hora: 19h

Local: Teatro Gasômetro (Avenida Governador Magalhães Barata, 830, São Brás)