Rapper Nic Dias indica artistas pretos para acompanhar
A paraense enaltece a cena do gênero Hip Hop no estado
No mês de novembro, no Brasil, é comemorado o Dia da Consciência Negra, no dia 20. A data foi formalizada no ano de 2003 e relembra a morte de Zumbi dos Palmares, figura importante dentro do movimento negro e que teve sua relevância dentro da resistência contra a opressão europeia. Em concordância a isso, no dia 22 foi comemorado o Dia do Músico e a artista paraense Nic Dias veio ao O Liberal hoje, 28, indicar três artistas pretos que valem a pena conhecer no cenário da música local.
Conhecida entre o meio da música alternativa, a cantora é uma figura que já participou diversas vezes de festivais de música no estado, como o Psica.
A jovem é rapper e já lançou alguns trabalhos autorais, além de já ter se apresentado fora do estado. Entre as suas indicações estão artistas, que na opinião dela, são bons no que fazem.
A primeira indicação da cantora é Ruth Clark MC, que além de ser preta é mãe, é do hip hop. No Instagram, é possível encontrar ela no usuário @ruthclarkmc. Nic conheceu ela em 2018 e não economiza elogios ao trabalho da artista. “Acho que vale muito a pena conhecer ela pelas letras, pela potencialidade que ela tem, pelo trabalho dela e como ele contempla e representa a realidade de muitas mães jovens, meninas pretas das periferias daqui do norte”, afirma a rapper.
Outro artista indicado pela cantora é o rapper Mc Super Shock, que também é uma figura conhecida no gênero do hip hop em Belém e fora do estado. Shock possui diversos trabalhos musicais disponíveis nas plataformas de áudio e no seu perfil no Instagram (@shockmc_) ele compartilha sua rotina de shows e músicas. “[Indico] o MC Super Shock também por retratar e denunciar as mazelas que sofrem a juventude da população preta. Falando, não só, com uma visão nortista, mas também por ele ser do nordeste. Vale muito a pena conhecer o trabalho dele porque ele não canta só, mas trabalha com o audiovisual, ele produz clipes e dirige”, conta Nic.
Por fim, outra indicação da paraense é o nortista e também nascido no Pará, Arthur da Silva.
O jovem apresenta em seus trabalhos características próprias e sua visão da música paraense. Ele já se apresentou em diversas ocasiões e também no Festival Psica. É possível acompanhar o trabalho dele nas redes sociais, e no Instagram, especialmente, através do usuário @arth_dasilva.
“Ele é um artista negro, jovem e do brega, o que é muito interessante porque ele traz nas músicas dele uma nostalgia dos bregas antigos que a gente ouvia, mas também, por ser contêmporâneo, por ser moderno, atual e por ser jovem. Ele traz esse lado mais romântico e sentimental. Muito bom de se ouvir e assistir, por exemplo o show dele”, afirma.
Nic ainda finaliza dizendo: “Desses três artistas que indiquei, também indico super que quem quiser conhecer que vá também pro show deles porque tenho certeza que não vão se arrepender”.
(*Estagiária Painah Silva, sob supervisão do Coordenador de Conteúdo de Cultura, Abílio Dantas)
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