Rancho faz homenagem a Abaetetuba no enredo deste ano
Fundada em 1934, escola foi a primeira agremiação do Pará e é a quarta mais antiga do Brasil
A atual campeã do Carnaval de Belém, o Grêmio Recreativo Jurunense Rancho Não Posso Me Amofiná, entrará na Aldeia Amazônica contando um pouco mais sobre o município de Abaetetuba, localizado na região do baixo Tocantins, com o enredo “Às Margens do Maratauíra Encontrei a Terra dos Homens Fortes e Valentes”.
O enredo faz homenagem à cidade dos brinquedos de miriti, da fé, das artes e também das águas. “Nós já homenageamos diversas personalidades e instituições. Em 2018, homenageamos Igarapé Mirim, em 2019, Barcarena, como Abaetetuba fica no centro daquela região, resolvemos fazer um tríplex, homenageando também Abaetetuba”, ressalta o presidente de honra do Rancho, Jango Vidal.
Segundo o enredo, a cidade de Abaetetuba emerge das regiões submersas das águas doces do rio Maratauíra, que banha a cidade, que é um lugar em que “todos são felizes, vivem na igualdade, cultivando suas terras, na harmonia e na paz”.
Para exaltar as belezas de Abaetetuba, a escola levará 1.800 brincantes, divididos em 10 alas e mais de 6 mil peças em miriti compondo o carro abre alas. “Sua história, sua beleza, o valor cultural do seu povo, suas lendas, seus mitos, sua fé. Tudo que se desenrola às margens do rio Maratauíra, que banha a cidade de Abaetetuba, cuja designação em língua Tupi é ‘ajuntamento de homens fortes e valentes’, será levado para avenida” conta o diretor de carnaval, Igor Reis.
Fundado em 31 de dezembro de 1934, o Rancho Carnavalesco Não Posso Me Amofiná foi a primeira escola de samba do estado do Pará e é a quarta mais antiga do Brasil. São quase 85 anos de história dedicados ao samba paraense que renderam à agremiação 23 títulos de campeã do Primeiro Grupo do Carnaval de Belém.
“Nós já homenageamos diversas personalidades e instituições. Em 2018, homenageamos Igarapé Mirim, em 2019, Barcarena, como Abaetetuba fica no centro daquela região, resolvemos fazer uma tríplex, homenageando também Abaetetuba”, ressalta o presidente de honra do Rancho, Jango Vidal.
“Já fizemos carnavais grandiosos e sempre com a intenção de ganhar o título. Respeitamos as coirmãs, e cada um faz o seu trabalho, mas o Rancho tem o seu trabalho ao longo de muitos anos, e nos preparando, sempre, para dar o seu melhor e esse ano não será diferente. O Rancho vai levar para a avenida um grande espetáculo”, completa o presidente.
Nos últimos dias de ensaios, os brincantes aprimoram seus passos, afinam o enredo, montam os figurinos e seguram toda a ansiedade para a apresentação na Aldeia Amazônica, no sábado, dia 15. Serão dez alas contando parte da história do enredo, com baianas, passistas, bateria, ala dos amigos e a tradicional comissão de frente.
“Cheguei aqui no Racho em 1974. Hoje sou um benemérito, estou terminando o meu carnaval, esse será meu último ano desfilando na avenida. Já fui diretor de harmonia, ganhamos e também perdemos carnavais, agora estou na velha guarda pra fazer bonito nesse meu último desfile”, conta, emocionado o benemérito e participante da velha guarda da escola, Manoel do Carmo Silva.
“Vou passar o bastão para os meus filhos, que também já fazem parte desse mundo do samba. Rancho é um sinônimo do bairro do Jurunas, ambos não existem sem o outro. Fazer parte dessa nação jurunense foi a melhor escolha da minha vida”, complementou Manoel.
Os desfiles das Escolas de Samba de Belém 2020, na Aldeia Amazônica, serão realizados nos dias 14, 15 e 16 de fevereiro. No dia 14, será o desfile do Segundo Grupo das Escolas de Samba; no dia 15, do Primeiro Grupo (Especial); e no dia 16, do Terceiro Grupo. Nos distritos de Belém haverá concurso de escolas de samba e blocos, sendo no dia 24, em Icoaraci; e no dia 25, em Outeiro.
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