Programações de Ancestralidade Africana continuam no Sesc Ver-o-Peso; saiba mais
Com entrada gratuita, a programação continua a partir desta sexta-feira (22) e vai até o domingo (24), em Belém
O Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso segue com diversas programações especiais em alusão ao Mês da Consciência Negra e convida a comunidade paraense para participar dos eventos gratuitos. A ideia da organização é promover diálogos e conscientizar o público presente sobre a importância da população negra na formação da sociedade brasileira. Sendo assim, contações de histórias, teatro, música e artes visuais são atividades que serão realizadas como forma de honrar a memória e a resistência da população negra no Brasil.
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A programação que iniciou no último dia 16, continua na noite desta sexta-feira (22), às 19h, com a apresentação do grupo “Bateria Show Bole Bole”, que levará ao público o seu repertório de música afro-brasileira, com forte destaque para o samba e para os ritmos carnavalescos. No sábado (23), a partir das 10h, as artes visuais tomarão conta do espaço com a realização de uma oficina ministrada por Nay Jinknss. “Arquivos em disputa” discute como antigas obras podem ser reinterpretadas a partir de novos contextos e explora processos criativos na arte contemporânea. A oficina é destinada ao público maior de 14 anos, com duração de duas horas e as pré-inscrições precisam ser feitas pelo e-mail psampaio@pa.sesc.com.br.
No mesmo dia 23, além da oficina de artes visuais, a contação de histórias fica por conta do “Grupo Xamã”, o qual apresentará “Fios d’África”. Às 11h, as integrantes do grupo farão uma narrativa ancestral para contar as vivências e a sabedoria do povo Dogon, do Mali. Ainda no sábado, a noite de programação gratuita terá a apresentação teatral “Lerygol - A Princesa do Pitiú”. Marcado para às 19h, no Sesc Casa de Artes Cênicas, o público irá prestigiar o espetáculo interpretado por Assucena Pereira.
A atriz utiliza o bom humor e a sensibilidade para abordar temas como a sexualização do corpo negro, o racismo e a dívida histórica da sociedade brasileira com a população negra. “A gente tá acostumado a trazer essas pautas em um ambiente de dor e angústia. E eu queria trazer essas denúncias para que as pessoas pudessem refletir, mas sem me colocar no lugar de vulnerabilidade dessa vez. Foi difícil fazer palhaçada com temas que a gente não vê em espetáculos de palhaçaria tradicionais. Então eu queria trazer essa apresentação que mistura a palhaçada com as minhas vivências. Utilizo a palhaçaria e o deboche para tratar esses assuntos que são pertinentes, mas sempre com cuidado com as pessoas pretas que estão assistindo, comigo e com o público no geral”, contou a artista. A peça teatral é apenas para o público acima de 12 anos.
O encerramento da programação está marcado para o domingo (24) e fica por conta de Keydson Costa. O artista irá narrar a “Memória Ancestral: a origem do mundo segundo os Iorubás”, com o objetivo de mergulhar no imaginário dos mitos de criação do universo segundo a tradição Ketu, maior e mais popular nação do candomblé, uma das religiões afro-brasileira. A partir das 11h, Keydson inicia a narração para o público acima de 14 anos.
(*Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador do núcleo de Cultura)
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