Produtora paraense fala sobre a evidência do Pará nas grandes séries de TV

O Pará está em cartaz na Netflix com cenas feitas para a segunda temporada da série Cidade Invisível 2

Thainá Dias

O Pará está em cartaz na Netflix com cenas feitas para a segunda temporada da série Cidade Invisível. Quem conhece Belém vai poder identificar diversos lugares da cidade. Mas não é apenas nessa série que as belezas paraenses estão em evidência. A série “Lar Doce Lar”, que foi filmada ano passado é destaque nacional sobre a periferia negra de Belém. O projeto é uma parceria da TV Norte com a TV Brasil. A produtora audiovisual paraense, Tati Brito, que já viveu experiências nessas produções conta mais sobre o processo de gravação e bastidores.

Em Cidade Invisível, a Netflix e a Pródigo Filmes abriam no projeto possibilidades para profissionais locais ocuparem a chefia de departamentos de produção. Na série, Tati assumiu a chefia da figuração. “Consegui envolver mais de 200 profissionais locais, mais de dez crianças e jovens na produção, as comunidades da CEASA, da Terra Firme, do Boi Marronzinho, entre outros”, destacou orgulhosa a produtora.  

Tati está na produção audiovisual há 23 anos, morando em São Paulo, ela retornou para Belém após o período da pandemia. “Já trabalhei em filmes como Pureza, do diretor Renato Barbieri, filmado todo em Marabá e envolvemos mais de três mil pessoas da região na produção”, afirmou. Para a produtora, hoje em dia, tudo acaba virando audiovisual. E é extremamente importante voltar os olhos para a Amazônia nesse período, em que temas importantes estão cada vez mais sendo levantados pelas grandes produtoras.

“Temos tantas histórias para contar, espero que o setor se profissionalize cada vez mais, que o poder público olhe com respeito para o nosso trabalho, para a nossa região”, ressaltou. A produtora enfatiza ainda que em Belém, há profissionais brilhantes da área. A série “Cidade Invisível” será exibida para mais de 180 países, “o mundo está nos assistindo, nossa realidade, nossa cidade, culinária, nossa identidade”.

A série da Netflix, que conta com os atorres Marco Pigossi e Alessandra Negrini como protagonistas, fala sobre a vida do povo nortista, que cresceu ouvindo lendas, mitos, além de levantar questões importantes sobre as lutas ambientais, os povos indígenas, o folclore, a violência contra a mulher e outras realidades latentes da Amazônia.

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