Pela primeira vez, obras de Cintia Abravanel, filha de Silvio Santos, são expostas em Belém

Neste começo do ano em que Belém vai sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), a capital do Pará, em plena Amazônia, recebe uma exposição que une a arte à precupação com a sobrevivência do meio ambiente no mundo. Trata-se da mostra "Mares, Rios e Cores', organizada pela Art100 Gallery, a ser aberta nesta terça-feira, dia 28, na Galeria Rose Maiorana, no bairor do Marco. O evento reunirá obras de 34 artistas plásticos do Brasil e vai marcar a estreia de Cintia Abravanel em Belém, com duas obras a serem conferidas. Cintia é filha do apresentador Silvio Santos e mãe do ator e apresentador Tiago Abravanel. 

"Esta é minha estreia em Belém, e estou muito animada com a oportunidade de apresentar meu trabalho ao público local", diz Cintia, em entrevista ao Grupo Liberal. Ela conta sobre a relação que tem com as artes. 

"Tenho uma longa trajetória na cultura, com mais de 20 anos como produtora teatral. Fui diretora-presidente do Centro Cultural Grupo Silvio Santos e criadora do projeto Literatura no Teatro. Em 2021, mergulhei no mundo das artes plásticas. Gosto de combinar formas geométricas, curvas e cores com linhas que variam de delicadas a marcantes", conta a artista. 

Cintia Abravanel tem duas obras na mostra 'Mares, Rios e Cores', a ser aberta na Galeria Rose Maiorana, em Belém (Foto: Divulgação)

"Além das telas, trabalho na criação de instalações que exploram a força do ferro e a transparência dos acrílicos coloridos, com o intuito de provocar no observador a descoberta de suas próprias emoções. Já participei de mais de 30 exposições, entre individuais e coletivas, além de Feiras, como ABIMAD e Future Print, e da Cenografia da novela 'A Infância de Romeu e Julieta'", diz Cintia.

Em Belém, a mostra "Mares, Rios e Cores" possibilitará que o público possa conferir as telas "Ondas Tortas" (2020) e "Entre Linhas e Contornos" (2020), ambas em acrílico sobre tela, com cores e traços que definem a trajetória de Cintia Abravanel. "Por meio da técnica acrílica sobre tela, construí composições que provocam o olhar, criando diálogos entre formas e contrastes que se desdobram em camadas de interpretação", ressalta a artista.

Na Amazônia

Para Cintia, é expressivo participar da mostra em Belém, no ano de realização da COP 30. "É uma honra fazer parte de um evento tão significativo no momento atual, onde o debate ambiental global segue em pauta. Ter minhas obras expostas em Belém, no coração da Amazônia, é também uma oportunidade de dialogar artisticamente sobre questões urgentes, como a preservação dos ecossistemas e a conscientização ambiental", salienta. Assim, ela não observar o papel da arte nesse enfoque à necessidade de preservação dos recursos naturais da Terra. 

"A arte tem o poder de sensibilizar e criar conexões emocionais profundas. Por meio das obras, podemos comunicar mensagens que transcendem palavras e inspiram reflexões sobre a urgência de cuidar do planeta. É essencial que a arte esteja presente nesse debate (não só neste, como em todas as demais questões, como pessoais e sociais)", afirma Cintia Abravanel.

Caminho

Cintia diz que "ser artista plástica é um caminho de expressão e conexão". "Descobri minha paixão pela arte quando percebi o impacto transformador que ela pode ter, tanto para o artista quanto para o público. Foi durante minha transição do teatro para as artes visuais que compreendi que a arte seria minha forma de viver e contribuir para o mundo", revela. Além das telas, ela também trabalho com instalações, principalmente. Usa materiais como ferro e acrílicos coloridos, explorando suas características únicas para criar "obras que convidam o espectador a interagir e refletir".

Essa artista plástica ainda não conhece Belém pessoalmente, mas diz ser um lugar que deseja visitar em breve, "especialmente para vivenciar a riqueza cultural e natural que a cidade e a região oferecem". Cintia considera importante essa mostra percorrer as regiões do Brasil, para ampliar o alcance da mensagem sobre preservação ambiental. 

"O fato de ser itinerante possibilita que diferentes públicos tenham acesso a essas reflexões e fortalece o papel da arte como ferramenta de transformação e conscientização", acrescenta a artista. O projeto "Mares, Rios e Cores" surgiu em 2024 e foi apresentado em Fortaleza (CE), Olinda (PE), Porto Alegre (RS), Búzios (RJ) e Angra dos Reis (RJ).

Para este ano, os planos de Cintia Abravanel são bem claros. "Continuo meu processo de criação e de desenvolvimento das obras, explorando o uso da força do ferro e a transparência dos acrílicos coloridos, já tenho algumas exposições programadas para este ano que tenho certeza será muito criativo.

A mostra "Mares, Rios e Cores" reúne obras de 34 artistas plásticos do Brasil: incluindo Ari Carvalho, Ana Laura Figueiró, Adriana Vaz, Cintia Abravanel, Candido Freire, Clayton Faber, Colonezi, Cris Hettich, Cristiane Maschietto, Dani Fontenelle, Francisco Ivo, Germano, Gisele Faganello, Graça Prado , Gui Brescia, Heloisa Zorzi, Ita Stockinger, Jorge Di Farias, Josélia Farias, Josie Mengai, Justina D'Agostino, Leticia Teixeira, Mariângela Rettore, Maria Libonati, Mauro Kersul, Pathy Esse, Patricia Di Basso , Rosângela Sampaio, Rose Maiorana, Suzana Barros, Thomas Josué, Tuka Carrilho, Wanessa Salles e William Araujo. A curadoria é de Angela de Oliveira e expografia de Vinicius Ott.
  
Sete artistas paraenses integram esse grupo de expositores. São eles: Rose Maiorana (diretora comercial do Grupo Liberal e anfitriã dos artistas plásticos nessa mostra), Wanessa Salles, Leticia Teixeira, Maria Libonati, Graça Prado, Clayton Faber e Ana Laura Figueiró.

Serviço:
Mostra 'Mares, Rios e Cores'
Local: Galeria Rose Maiorana 
Endereço: Tv. Perebebuí, 2195 - Marco, Belém - PA 
Realização: Be Art / Curadoria: Angela de Oliveira / Expografia: Vinicius Ott 
Quando: de 28 de janeiro a 12 de fevereiro
Vernissage: 28 de janeiro, às 18h 
Visitação: de terça-feira a domingo, das 8h30 às 17h30
Entrada gratuita