Paraenses que moram fora do Brasil comentam diferença entre os Realities shows

Paraenses que moram fora do Brasil comentam as principais diferenças entre os realities shows nacionais e os internacionais 

Emanuele Corrêa

O Big Brother Brasil 2023 e o reality mexicano La Casa de los famosos promoveram o intercâmbio entre a brasileira jogadora de vôlei Key Alves e a apresentadora mexicana Dania Mendez. As diferenças culturais não estão apenas no idioma e, por isso, alguns paraenses que moram fora do Brasil comentam as principais diferenças entre os realities shows nacionais e os internacionais e deixam dicas para quem quiser assistir.

A criadora de conteúdo, Juliana Theodoro, mora há seis anos em Porto, Portugal e conta que não costuma assistir a reality no formato do BBB, mas acompanha todas as notícias e gosta de ficar por dentro do assunto, pois trazem pautas relevantes.

Enquanto brasileira morando em um país estrangeiro, Theodoro acredita que a proposta do intercâmbio cultural viabilizado por Boninho, pode ser válida, mas há riscos. "O intercâmbio cultural é sempre interessante e pode ser muito benéfico, aprender sobre outras culturas, outras realidades é importante e enriquecedor. Mas se tratando de um reality pode ser perigoso também, porque pode culminar em xenofobia e racismo. Cabe a produção do programa se preparar para resolver adequadamente esses eventuais problemas, que são graves.", iniciou.

"Eu moro em Portugal, e aqui tem Big Brother. Mas eu não assisto, porque não é o tipo de reality que eu gosto. Costumo gostar mais de reality shows românticos, sobre relacionamentos. Acho que é interessante ver o processo de duas pessoas se conhecendo e possivelmente se apaixonando. A minha recomendação já é bem famosa, eu gosto muito do Casamento às cegas", completou explicando os seus gostos e sugerindo um reality para o público ver.

O ponto levantado por Juliana aconteceu no reality brasileiro. Os ex-participantes MC Guimê e o lutador Cara de Sapato foram expulsos, após a repercussão das cenas durante e após a Festa do Líder no BBB 23. Guimê passou a mão nas costas e na bunda de Dania Mendez e o lutador a beijou à força, no quarto. O público repercutiu e classificou a cena como importunação sexual e assédio.

image O repórter de TV Geovany Dias revela que pelas obrigações do dia a dia ele consome mais conteúdo de política e economia. Quando tem uma folga da emissora, assiste os conteúdos menos sérios. (Reprodução / Arquivo pessoal)

Reality show no Brasil, Portugal e Estados Unidos

O repórter de TV Geovany Dias revela que pelas obrigações do dia a dia ele consome mais conteúdo de política e economia. Residente há cinco anos nos Estados Unidos, quando tem uma folga da emissora, assiste os conteúdos menos sérios. "Quando decido assistir TV por lazer, opto por conteúdos menos sérios e que não exigem muito minha atenção. Como moro em Manhattan, assisto programas que se passam aqui, como 'The Real Housewives of New York', da Bravo, ou 'Jersey Shore', da NBC. Programas como 'Fixer Uppe'r, da Discovery, ou '90 day fiancé' da TLC também são excelentes para desacelerar, e estão sempre na minha playlist", comentou.

Sobre o Big Brother, ele avalia que a versão brasileira é mais bem sucedida hoje do que a versão norte-americana e apontou também a diferença entre os produtos. "Na verdade, Big Brother foi criado aqui nos EUA. Foi um sucesso quando foi lançado, mas hoje em dia não tem uma audiência tão fiel. Acredito que pela quantidade de opções que se tem de outros realities com outros formatos", disse.

"Acho que a principal diferença é a influência que reality show tem no mundo fora da TV no Brasil. As pessoas falam, conversam, param pra assistir. Aqui nos EUA não tem essa febre toda, até porque como existem quatro fuso-horários diferentes, grande parte do conteúdo acaba sendo exibido via streaming para a maioria da população", comparou.

image Rebeca Lopes mora há quase dois anos em Portugal. Ela conta que no Brasil assistiu ao BBB 21, da campeã Juliette, mas desde que chegou em Portugal não assistiu ao Big Brother português, mas percebe as diferenças, por meio dos recortes. (Reprodução / Arquivo pessoal)

A estudante e técnica jurídica, Rebeca Lopes mora há quase dois anos em Portugal. Ela conta que no Brasil assistiu ao BBB 21, da campeã Juliette, mas desde que chegou em Portugal não assistiu ao Big Brother português, mas percebe as diferenças. Até onde posso perceber, acho que a maior diferença mesmo é o público, porque percebo que no Brasil as pessoas consomem mesmo o conteúdo dos realitys e levam a discussão para mesa de amigos e família, até trabalho. Aqui não percebo a mesma movimentação, isso serve inclusive pra shows, muitos cantores e bandas dizem que adoram ir ao Brasil porque a recepção dos fãs é diferente, acho que a lógica é a mesma", declarou.

"Gosto de realitys de comida, como 'masterchef', 'chefs table', 'Somebody feed Phil'; porque costumam contar sobre a história da gastronomia do local, citam culturas diferentes e me ajudam a conhecer e compreender melhor elas... Foi uma surpresa chegar e ver que os portugueses consomem muito conteúdo brasileiro, sejam novelas, música e arte, etc. Aqui os nossos funks e sertanejos fazem muito sucesso”, finalizou.

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