Paraenses estreiam animação na Netflix neste Dia das Crianças

Luiza Chedieck e Pricilla Maria levam adaptação especial da obra “Menino Maluquinho” para o público brasileiro

Thainá Dias

Do Pará para a tela da Netflix! As paraenses Luiza Chedieck e Pricilla Maria são as responsáveis pela adaptação da obra ‘O Menino Maluquinho’. Esta é a primeira série brasileira de animação da Netflix, que tem produção da Chatrone. O público vai poder conferir a história emblemática escrita por Ziraldo, sob novo olhar a partir de hoje no catalogo do streaming.

Para Luiza Chedieck, que está no time da produção da série, não esconde o orgulho em fazer parte do projeto. “Desde a primeira vez que eu ouvi falar da produção da série do Menino Maluquinho, eu desejei profundamente fazer parte da equipe. Juro! A produção da série é da Chatrone, uma produtora baseada em Los Angeles e São Paulo, para a Netflix.  A Carina Schulze é uma das sócias da Chatrone e é uma das poucas Showrunners do Brasil. Showrunner é uma função onde a pessoa faz criação, roteiro e produção executiva. No Estados Unidos é bem comum, mas no Brasil é um pouco mais raro. Como sempre fui apaixonada pela área de Executiva e Roteiro, eu há muito tempo era fã da Carina, ela é a Showrunner da nossa série. Também sempre fui fã do Maluquinho. Sempre quis trabalhar com animação.  E a oportunidade parecia perfeita pro que eu sonhava. Depois de fazer Sampleados no cenário regional, fazer a série do Menino Maluquinho com uma equipe internacional e para a Netflix era o passo que eu queria dar”, afirmou.

Luíza conta que já admirava o trabalho do Ziraldo, desde criança. “Eu fui uma criança muito dos livros, quadrinhos e desenhos animados. Li várias vezes ‘O Menino Maluquinho’ quando era criança. Mas sabe o que? Eu vivia mesmo era amarrada em uns quadrinhos da ‘Turma do Pererê’. Gostava que esses quadrinhos contavam histórias que se passavam na floresta. Eu achava o máximo, de alguma forma me sentia mais próxima do universo lúdico amazônico.  Ainda, sou mega fã do Ziraldo. Acho ele um dos maiores artistas brasileiros”, concluiu.

Já Pricilla Maria, que também faz parte do time de roteirista da série, afirma que “esse trabalho significou muita coisa para mim, além de ser sobre um personagem que sempre esteve presente na infância de todos nós, foi a minha estreia como roteirista, como criadora e autora de um episódio. Claro que eu tive o apoio de uma sala inteira de roteiristas, mas é bem emocionante. Eu tenho um filho de oito anos, então poder apresentar para ele esse universo e poder dizer que eu escrevi, vê-lo orgulhoso é muito prazeroso. E lançar hoje, no dia das crianças é melhor ainda”, afirmou.

Pricilla ressalta que foi uma criança calma. “Eu sempre tive muito medo de aventuras, fui uma criança um pouco mais retraída e eu acabei me libertando escrevendo a série. Isso é incrível, pude pensar como uma criança de novo. E é maravilhoso você poder voltar a ser criança. O público pode esperar muita diversão da série, o material foi muito bem pensado, principalmente nesse fase que temos de pensar na inclusão, nas minorias o que é incrível. Tivemos como base o material do Ziraldo mas a gente foi bem livre para fazer nossas adaptações. É uma série muito respeitosa também, sou fã de como nós trabalhamos em cima de cada personagem e cada detalhe. Visualmente está linda também, foi tudo feito com muito carinho para nosso público. Sem arte, seria tudo muito pior. A arte salvou muitos de nós durante a pandemia”, concluiu.

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