Pará é o estado que lidera consumo de Mangás, os quadrinhos japoneses; veja como fazer

A cultura japonesa é apreciada pelos paraenses e o reflexo disso está no consumo do entretenimento, culinária, produtos e serviços

Emanuele Corrêa
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A cultura japonesa é apreciada pelos paraenses e o reflexo disso está no consumo do entretenimento, culinária, produtos e serviços. O Pará é o estado brasileiro que lidera as vendas dos Mangás, os quadrinhos japoneses, de acordo com uma pesquisa realizada por uma plataforma online de compra e venda de itens semi-novos. De acordo com a pesquisa, One Piece lidera os rankings de vendas, procura e anúncios.

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A programação foi realizada no sábado (01), na sede da Associação Pan-Amazônia Nipo-Brasileira (APANB), no bairro de São Brás

O professor da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA), Tarik Coelho é também membro do Grupo Animazon desde 2004, no evento "Animazon No Taikai", um dos maiores eventos de cultura geek oriental. Ele é um apreciador e colecionador de mangás e possui um acervo com mais de mil obras. "Comecei a colecionar mangás logo que eles foram lançados no Brasil, tenho as primeiras edições de Samurai X, Sakura Card Captors entre outros, atualmente tenho mais de mil volumes de mangás, sem somar a isso algumas HQs que entraram no acervo a pouco tempo", contou a reportagem.

"O incentivo veio de uma curiosidade e vontade de ter elementos dos animes que tanto gostava. Conheci primeiramente os animes que passavam na TV como Cavaleiros do Zodíaco e Shurato, como também os tokusatsus como Jaspion, Jiraya, Changeman, Flashman e outros, com isso, comecei a me interessar pelo universo otaku e quando lançaram os mangás, estava eu lá, comprando os primeiros volumes", continuou.

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De janeiro a maio de 2023 os cincos mais vendidos no Brasil nesta plataforma de compra e venda online foram: 1° lugar, One Piece, 2° Dragon Ball, 3° Jujutsu Kaisen, 4° My Hero Academia e em 5° lugar Death Note.

"Arte é revolucionária, e o mangá não deixa a desejar em nada com relação a isso" - Tarik Coelho, professor da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA).

O "Animazon No Taikai"é uma das portas para o fortalecimento da cultura do mangá em Belém, diz Tarik, atribuindo o título aos eventos culturais. "Temos vários grupos realizando, para além da capital Belém, se introduzindo no interior do Estado e levando o consumo da cultura como um todo para todos os cantos. Recentemente estive em Marabá, e lá tinham lojas dedicadas ao universo otaku e geek com uma variedade de produtos que lojas de Belém não possuíam tal variedade. Além disso, o Pará tem a segunda maior população japonesa do Brasil", disse.

O professor brinca que não tem habilidades para o desenho, por isso é apenas consumidor e colecionador, mas destaca que o Pará também tem artistas que desenham mangás. "Nosso Pará é cheio de artistas que estão despontando nesse caminho, em nosso evento do Animazon no Taikai costumamos dar abertura para esses artistas se expressarem e venderem suas artes. Como referência de indicação tenho o Doso Pedro, que é membro do Grupo Animazon e hoje pesquisa arte digital no Japão, o instagram dele é @doso.pedro", sugeriu.

O colecionador conta curiosidades sobre o universo dos Mangás e estimula o consumo, pois também faz parte da literatura, é um livro com desenhos, diz." Uma coisa interessante nos mangás é que eles são instrumento de culturalização, como todo livro, o mangá, que é um livro com desenhos, conta uma história, cria um universo e assim vai levando cultura e arte para todos que tem acesso a esta expressão da arte. Arte é revolucionária, e o mangá não deixa a desejar em nada com relação a isso", afirmou.

"A diversidade de histórias que os mangás contam é quase uma tarefa impossível de se mensurar. Creio que uma das qualidades que fazem com que o mangá seja tão conhecido pelo mundo inteiro é que as produções não se limitam a contar somente a história ou cultura japonesa, elas se ampliam e pegam as mais diversas culturas do mundo para retratar ou até mesmo misturar, um clássico exemplo disso é o mangá dos Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) que mistura os continentes e faz um entrelaçar de histórias que os torna cativante de ler e conhecer", finalizou.

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