Em 2024, o Pará segue ainda mais ativo na rota da cultura nacional, afirma Instituto Cultural Vale

Uma das novidades para o ano que vem é a chegada a Belém da exposição “Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação”, do Museu da Língua Portuguesa

O Liberal
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Com foco na diversidade da cultura brasileira nas cinco regiões do país, em 2023, o Instituto Cultural Vale se consolida como um dos maiores articuladores em Cultura do Brasil. Utilizando recursos próprios e por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, especialmente na região Norte, o Instituto tem papel de reforçar o compromisso com a valorização da arte e da produção paraense e amazônica, além de estar ao lado de agentes culturais e contribuir para a descentralização da cultura.

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“O Instituto Cultural Vale está ao lado dos que fazem inúmeros projetos da cultura brasileira se tornarem realidade”, diz Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale. “Nossa estratégia passa não só pelo apoio financeiro, mas também pelo apoio técnico e pela articulação, tão importantes para levar cultura para todo o país”, complementa.

Buscando contribuir para ampliação da presença do Pará no circuito das grandes programações culturais, em 2024 o Instituto Cultural Vale segue investindo em projetos com abrangência nas áreas de dança, patrimônio histórico, música, festividades e formação cultural. Fazendo questão de incluir, nesse rol, iniciativas que valorizam a diversidade e a inclusão, em temas como cultura afro, cultura amazônica, arte nas periferias, arte indígena, mulheres, LGBTQIA+ e antirracismo.

Com a chamada de projetos patrocinados no quarto edital nacional, divulgada recentemente, o Instituto Cultural Vale traz novidades para o Pará e uma boa notícia: o considerável aumento do número de proponentes na região Norte, em relação ao edital de 2022. Em 2023, os projetos na região Norte representam 15% do total. No ano anterior representavam 7%, um aumento expressivo que reflete o trabalho desempenhado pelo Instituto ao contribuir, cada vez mais em suas ações, para a formação e capacitação dos proponentes.

Uma das novidades para o ano que vem é a chegada a Belém da exposição “Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação”, do Museu da Língua Portuguesa, que tem o patrocínio e articulação do Instituto Cultural Vale. Montada originalmente na sede do museu, em São Paulo, a mostra, que já teve 189 mil visitantes, cumprirá itinerário por cidades brasileiras, começando por Belém, pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, com abertura em fevereiro. A exposição é um mergulho na diversidade das cerca de 175 de línguas indígenas faladas no Brasil.

“- Nhe’ẽ Porã: memória e transformação’ nos faz lembrar que trabalhar pela preservação e divulgação das línguas dos povos originários é promover a diversidade, a pluralidade social, as diferentes formas de conviver no mundo. Foi com essa convicção que o Instituto Cultural Vale tomou a iniciativa de articular e patrocinar a exposição e agora sua itinerância. Essa montagem inédita em Belém dialoga com o acervo, a atuação e a relevância do Museu Emilio Goeldi, incorporando novas narrativas, que se desdobram também para a atuação educativa e a interação com os diferentes públicos”, comenta o diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto.

Para o novo ano, o Instituto também apoiará no Pará iniciativas que traduzem a história de gerações nas manifestações culturais populares, como o projeto do III Festival de Pássaros e Bichos do Pará, a ser realizado pelo Cordão de Pássaro “Colibri de Outeiro”. Para Laurene Ataíde, coordenadora da Associação Folclórica e Cultural Colibri de Outeiro, o projeto do III Festival de Pássaros e Bichos do Pará tem uma missão: manter viva a cultura popular do Pássaros Juninos. “O III Festival de Pássaros e Bichos do Pará - Guardiã Homenageada Gilda Amador é a continuidade da realização de um sonho, cujo principal objetivo é a valorização dessa manifestação cultural para que ela se mantenha viva e atuante, estimulando o surgimento de novos grupos, a permanência dos que ainda resistem e levar ao conhecimento do público paraense que essa manifestação continua ativa. Com incentivo do Instituto Cultural Vale, realizaremos um sonho que iniciou desde o surgimento dos grupos de Pássaros, em que o povo ficava do lado de fora do Theatro da Paz. Agora, estaremos no lado de dentro como produtores de espetáculos, sendo finalmente reconhecidos e valorizados. Almejamos continuar com essa parceria e que ela se fortaleça cada vez mais, para que novos grupos surjam e possamos manter viva essa cultura tão bonita que estava em avançado processo de extinção”, comenta a coordenadora.

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