O sonho é levar o acervo do Museu dos Brinquedos para feiras de cultura pop

Tony Cruz, criador do museu, sonha em ver a coleção exposta na Comic-Con Experience

Lucas Costa / O Liberal
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“O grande objetivo do museu é que as pessoas possam vir, relembrar e aprender. Eu estou aqui para mostrar que por trás de cada peça tem um fator histórico, social e cultural”, explica Tony Cruz. O museu, fundado em 17 de agosto de 2009, completa uma década este ano. 

“São dez anos de muita história e nostalgia”. Ele revela o desejo de levar uma parte do museu até a Comic-Con Experience, evento que reúne amantes da cultura pop de todo o país. “Hoje eu tenho um sonho muito grande: chegar a uma feira de cultura pop. Para mim vai ser uma grande honra, de mostrar que Belém não tem só o tacacá, o carimbó, tem outras coisas maravilhosas”, diz.

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Além de cuidar do museu, que é a grande paixão dele, Tony também é escritor e faz parte da comissão da Feira Pan-Amazônica do Livro. 

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O museu é independente com a manutenção sendo custeada pelo próprio Tony. Ele conta que, no início, procurou parcerias, mas não obteve sucesso, e chegou a vender uma Lambreta e duas Vespas para montar a estrutura do museu. A manutenção em todas as peças é feita uma vez por semana, quando Tony limpa uma por uma e aplica um produto para manter o brilho.

Em 2014, o acervo de Tony recebeu um certificado de reconhecimento da Estrela, grande fabricante de brinquedos no Brasil. Ele conta que ficou muito honrado com o reconhecimento e hoje exibe o documento com orgulho. 

“Para mim foi uma honra muito grande. Brinco que se fosse para eu morrer hoje, morreria feliz. Eu fiz contato com um dos presidentes da Estrela, ele me perguntou se eu queria receber uma certificação e eu disse que seria uma honra, naquele momento eu passava por uma situação bem delicada, então para mim chegou como uma força”, relembra.

No acervo de 2.500 peças, há aquelas que Tony tem um apego especial. Um delas é um boneco do Topo Gigio, personagem de um programa infantil criado na Itália em 1959. O rato com personalidade infantil foi um dos brinquedos que Tony teve na infância e foi um dos primeiros itens do acervo do museu. “É uma peça que me marcou muito, e eu tive quando era criança e quebrei. Para mim foi a mais importante”, conta.

Sobre a peça mais difícil que conseguiu para o acervo, o escritor revela ter sido um exemplar do boneco Falcon, o qual exibe ainda na caixa. “Quando soube que seria relançado eu catei cada moedinha para comprar”, relembra. Esse boneco foi um dos brinquedos mais populares nas décadas de 70 e 80, e teve uma edição comemorativa lançada em 2017. Além de comprar um exemplar, Tony também ganhou um outro junto ao certificado da Estrela.

“Mostrar para uma criança uma peça na caixa é uma coisa maravilhosa. Mostrar um ET, um Fofão... Quando elas vêm atrás, saem com muita informação, sempre com a cabeça muito grande e inchada de informação”, diz Tony sobre a reação do público diante do acervo.

Serviço:

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