Novembro será de rock nacional em Belém: 3 shows para incendiar a cidade

No penúltimo mês de 2024, a cidade de Belém vai receber artista que marcaram os anos 80: Humberto Gessinger (ex-Engenheiros do Hawaii), Nenhum de Nós e Titãs/Legião Urbana (Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá)

Eduardo Rocha
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O ditado popular diz que o que bom fica vale também para a música, mais precisamente, o rock nacional, em especial o dos anos 80, quando artistas e bandas fizeram todo mundo dançar e refletir sobre novos rumos para a sociedade. Esse cenário musical foi tão marcante que, agora, em pleno final de 2024, ou seja, mais de quatro décadas depois, Belém receberá em novembro três shows de expoentes desse movimento: no dia 8, às 21h, Humberto Gessinger, da banda Engenheiros do Hawaii, se apresentará na Assembleia Paraense; no dia 14, às 22h, será a vez do grupo Nenhum de Nós, e no dia 29, a partir das 20h, será a vez dos Titãs e Legião Urbana (Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá), no Marine Club.

Alguém poderia perguntar sobre a razão desses shows na capital do Pará. E a resposta é simples: Belém curte rock desde sempre. E esses artistas são muito queridos pelo público paraense. Tanto que os fãs se agitaram tão logo souberam das apresentações. Aristides Rodrigues, 30 anos, professor de Educação Física que mora na Cidade Nova, em Ananindeua, integra o fã-clube Paralelas que se Cruzam (nome tirado da canção "Parabólica") referente a Humberto Gessinger e ao Engenheiros do Hawaii.

A turma desse fã-clube costuma se reunir para ir a shows de Gessinger, covers do Engenheiros do Hawaii com a banda Rockon e atuar em ações sociais em prol de pessoas em vulnerabilidade social, como relata Aristides. Ele também pretende ir ao show do Nenhum de Nós, para relembrar sucessos como "O Astronauta de Mármore", "Camila, Camila", "Julho de 83" e "Você vai lembrar de mim".

Além de Aristides, quem também vai conferir o show de Humberto Gessinger em Belém são a técnica de Enfermagem, Priscila Ramalho, 41, e a filha dela, a estudante Maria Elisa, de 15 anos. "Eu vou com ela e a outra filha, a Ana. Somos fãs. Além do trabalho musical, o Humberto Gessinger é muito atencioso com os fãs em Belém", declara Priscila. Ela e Maria Elisa fazem parte do fã-clube Paralelas que se Cruzam.

"Com o Engenheiros ou em carreira solo, eu gosto muito do trabalho do Humberto Gessinger é a inteligência dele e a peculiaridade das letras, que são bem elaboradas, inclusive, com trocadilhos entre palavras, em sintonia com a melodia, o que nos faz refletir sobre o que está sendo veiculado. Na fase clássica, com Augusto Licks e Carlos Maltz, eram apenas 3 pessoas no palco, porém, você ouve e pensa que tem mais gente tocando, de tão bom e complexo", afirma Aristides. Para comprovar, basta conferir "Terra de Gigantes", "Pra ser sincero", "Infinita Highway", "O papa é pop", "Somos quem podemos ser", "Até o fim", "Parabólica", "Alívio Imediato" e "Exército de um homem só", sem deixar de lado "Era Um Garoto Que Como Eu Amava Os Beatles E Os Rolling Stones" (gravada inicialmente pela banda Os Incríveis").

Rock Nacional

Titãs

O engenheiro agrônomo Luciano Freitas, morador do bairro de Batista Campos, é um fã declarado da banda Titãs, desde quando tinha 14 anos de idade, em 1988. O primeiro elepê que ele comprou foi o "Go Back", gravado ao vivo naquele ano. "Eu ouvi tanto esse disco que até furou em uma música lá", relata. A partir daí, Luciano passou a se interessar pela banda, buscando informações e adquirir os outros discos.

Ele revela que gosta do rock dos Titãs com guitarras mais pesadas. E essa atmosfera emoldura o fato de Luciano ser um colecionador de itens da banda há décadas. Ele conferia revistas e tudo o que encontrava da banda lia e ajuntava. "Os anos foram passando, e quando eu vi já tinha um álbum de reportagens, os discos, e hoje em dia eu tenho uma coleção imensa dos Titãs", destaca. Para Luciano, essa é uma banda muito diferenciada. "O diferencial dos Titãs é a diversidade, ao invés de um vocalista, eram cinco, e tem o tipo de rock mais pesado, isso dá uma grande contribuição ao rock nacional", acrescenta. Entre as músicas preferidas dele estão "Comida", "Bichos Escrotos" e "Sonífera Ilha". Luciano já conferiu 13 shows da banda já entregou esculturas de "Cabeça de Dinossauro" aos Titãs. "Eu vou ver agora, sim; eu não falto", fecha.

Legião Urbana

Quando tinha 13 anos de idade, o técnico em Segurança do Trabalho, Jean Luiz Serra Santos, 34 anos, escutou o CD ao vivo "Plateia Livre" e aí "enlouqueceu" pelo som da Legião Urbana. "Sempre que eu escuto um disco, uma música, aprendo algo com as canções, me ajudam a entender melhor o mundo e a mim próprio, foi por meio delas que conheci meus melhores amigos e até mesmo a minha esposa, no amor pela Legião Urbana", diz.

Para ele, o público em Belém poder conferir um show da Legião Urbana e de outros artistas dos anos 80 ""é uma oportunidade única para pais e filhos, por exemplo". Ele destaca que o rock sempre tem vez em Belém. 'As bandas costumam vir a Belém em suas turnês, porque aqui tem público, sim. Aliás, Belém deveria sediar um festival de rock internacional", arremata.

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