Nostalgia: 25 anos da apresentação dos Mamonas Assassinas em Belém
No dia 26 de janeiro de 1996 os fãs se preparavam para um encontro único com os ídolos, em Belém
Os fãs paraenses do grupo que revolucionou a música na década de 90, Mamonas Assassinas, devem recordar que no dia 26 de janeiro de 1996 se preparavam para um encontro único com os ídolos, em Belém, mais precisamente no Iate Clube do Pará. Um show tão esperado e que reuniu 3. 600 pessoas no espaço, entre crianças e adultos.
Dinho, Bento Hinoto, Samuel Reoli, Sérgio Reoli e Julio Rasec eram monstros nas apresentações. A energia levava o público ao delírio, desde as crianças até os adultos. O show em Belém era uma grande espera e diante de toda essa expectativa, a rádio Liberal FM incrementou ainda mais a vinda dos ídolos com o sorteio de uma Brasília amarela, principal símbolo em decorrência da música "Pelados em Santos".
A promoção rendeu mais de 50 mil cartas enviadas à rádio. A Brasília amarela do sorteio, ano 82, era branca, mas foi reformada e pintada para ficar igual ao carro usado pelo grupo no videoclipe da música. Meg Martins, que trabalhava na rádio na época e coordenou essa promoção, disse que foi o maior alvoroço e a maior campanha realizada pela rádio.
Meg disse que teve contato com os artistas e viu de perto todo o carisma e energia dos integrantes dos Mamonas. "Eu lembro como se fosse hoje, fui no aeroporto buscá-los. Eles eram bem jovens, eram bem educados, mas foi um sacrifício reunir todos para fazer uma foto. Tanto que o japonês não participou da foto, ele ficou dormindo no avião", recorda Meg.
Meg também recorda muito bem do show, ela que chegou a ficar no palco, disse que viu de perto toda a empolgação tanto dos artistas quanto do público. "Esse show foi à tarde, tinha criança, adulto, uma mistura. As pessoas vestidas com camisas deles, outras fantasiadas. Um show lindo", completa a produtora. O sorteio da Brasília foi realizado no mesmo dia do show e o ganhador recebeu o prêmio pelas mãos dos ídolos.
Para Meg, o grupo foi um divisor de água para a música brasileira, já que se trata de artistas que inovaram na performance, na estrutura de shows e também na parte musical. "Até então a gente vivia predominantemente o rock, aí eles chegam com uma nova pegada, eles pegaram as músicas, fizeram paródias e ainda vinham todos fantasiados. Isso mexer com os adultos e com as crianças de forma bem forte. Eles foram inovadores", acrescenta.
Atualmente, os fãs ainda vivem a nostalgia do amor pelos ídolos. No mundo virtual é possível ainda encontrar fã clube do grupo. O internauta Thiago Oliveira tem uma página nas redes sociais, onde ele faz comentários sobre a trajetória dos artistas.
"O show com o qual os Mamonas Assassinas conquistaram o Brasil e provaram que, ao vivo, eram tão bons quanto no disco mais vendido da história da indústria fonográfica brasileira, foi se aprimorando com o passar dos meses, incrementado por efeitos (e defeitos) especiais, pela crescente desenvoltura e autoconfiança dos garotos no palco, pelo fervor e determinação da equipe técnica na retaguarda e, é claro, pela própria explosão de paixão que foi dominado uma legião de fãs em constante expansão. A ordem das músicas foi se modificando até adquirir a calibragem ideal. O espírito continuou o mesmo das apresentações históricas do Lua Nua, do showcase da EMI e até do bar mitzvah na Hebraica", escreveu o internauta na página.
Meg Martins disse que ficou muito triste com a notícia da morte dos artistas. “Foi uma tragédia, pois não dava nem para acreditar. Meses antes estávamos em contato e, do nada, morrem da forma mais brutal possível. Foi horrível. Quando a gente trabalha com artistas a gente acaba se envolvendo muito meses antes do show”, pontua Meg.
No dia 2 de março de 1996 o grupo foi vítima de um acidente aéreo na região da Serra da Cantareira, em São Paulo.
E você, qual sua lembrança dessa época?
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