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No dia da MPB, compositores paraenses comemoram regulamentação da profissão pelo CCJ

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou o projeto de lei 4.308/2012, tornando a composição musical uma profissão regulamentada

O Liberal

Falar em música popular brasileira (MBP) é contar uma pluralidade de identidades, sons, ritmos, melodias e histórias diferentes que representam o nosso Brasil. E hoje, em que é celebrado o dia desse gênero musical cheio de brasilidade, o mundo da música tem mais um motivo para comemorar: a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 4.308/2012, tornando a composição musical uma profissão regulamentada. Como o projeto tinha caráter terminativo, não requer nenhuma etapa mais e irá diretamente a sanção presidencial.

O dia da MPB é uma data estabelecida em homenagem ao nascimento da maestrina Chiquinha Gonzaga (1847-1935), pianista, maxixeira e compositora carioca, uma das precursoras do gênero. Com esses dois grandes motivos para comemorar a arte de fazer música, ouvimos três compositores paraenses marcados por letras que passeiam pela MPB da velha e nova geração.

Na prática, a regulamentação da profissão de compositor permite a sindicalização e o estabelecimento de horas mínimas e máximas de trabalho, entre outras coisas. Isso se deve ao fato de que muito poucos compositores musicais têm contratos fixos do tipo CLT com empresas. É o valor simbólico do reconhecimento como profissão o que lhe confere grande significado.

Segundo o cantor e compositor, Gabriel Santi, a decisão é um grande motivo para comemorar novos tempos. “Muitas vezes o compositor não tem o devido reconhecimento da sua arte, do seu trabalho. As vezes uma música estoura na voz de um grande cantor e nem buscamos saber quem escreveu aquela música, isso deveria ser mudado com o tempo. O compositor é extremamente importante, é a alma de todo o artista, pois é a música que vai conectar as pessoas. Temos o trabalho de buscar na alma das pessoas letras que toquem cada vez mais a emoção delas, assim nasce um grande sucesso. Acredito que a composição é mais do que expressar nossos sentimentos, hoje é uma maneira de conectar pessoas e trazer grandes histórias para o mundo das artes.”, afirmou.

Para Allex Ribeiro, que já compôs músicas para feras como Nilson Chaves e Zeca Baleiro, afirmou ser um passo histórico e enorme para o cenário musical. “O compositor é o cara que menos aparece nessa jogada. Então ter esse reconhecimento como profissão é um passo muito importante para que essa figura seja valorizada como merece. Por exemplo, escutamos o rei Roberto Carlos cantar uma música e muita gente pensa que ele compôs todas, mas muitas vezes não é dele, é de outro compositor que fica escondido nos bastidores. Então ter essa iniciativa mostra uma transformação positiva para que o compositor possa aparecer ainda mais dentro da arte da música”, explicou.

Outro grande compositor paraense, Jarlinho Silva, não escondeu a felicidade de ter a decisão aprovada pelo congresso. “Ter a nossa profissão regulamentada é uma grande honra, porque por trás de todo grande sucesso existe sempre um grande autor, que se dedica, que perde noites de sono para levar uma mensagem positiva e cheia de amor para as pessoas. Essa é mais uma conquista nossa e eu estou muito feliz”, comemorou.

 

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