Na web: saiba um pouco das profissões que têm o poder de influenciar
Em um momento tão digital, pessoas encontram nas redes sociais identificação e influência
As redes sociais de fato aproximam pessoas e propósitos. Através do interesse pessoal, internautas consomem conteúdo dos mais variados temas disponíveis na web. Porém, em paralelo a isso estão os bloggeiros, influenciadores e produtores de conteúdo, os nomes podem até confundir, mas estas são as denominações dos profissionais que trabalham com as redes sociais.
De Igarapé-Miri, no Baixo-Tocantins, nasceu Thays Sintra. A influenciadora de apenas 29 anos soma quase meio milhão de seguidores nas mais diversas redes. Com um conteúdo que abrange moda, família, religião e humor, ela conseguiu ao longo de 2 anos encontrar seu nicho e identificação com o seu público. Hoje ela busca conquistar o mercado nacional.
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“Quando eu decidir ser eu mesma, com os erros e acertos, tudo começou a fluir. Além disso, eu não quero levar um conteúdo repetitivo para os meus seguidores, eu fico ligada no que é tendência e na hora de produzir uma publi por exemplo, eu coloco um pouco de humor com algo que eu criei”, explicou a produtora de conteúdo.
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Thays Sintra largou o doutorado em Portugal quando iniciou por lá seus primeiros passos na internet, na ocasião ela compartilhava seu processo de reeducação alimentar. Ao voltar para o Brasil, ela se dedicou a profissão, e com apenas um vestido no armário, fazia contato com parceiros para produzir conteúdo.
Lorena Abrahim, responsável pelo @comerbembelem, há 6 anos no mercado, usou a pandemia para profissionalizar o seu perfil. Trabalhando no seguimento de gastronomia, ela atualmente, tem um dos IG mais consolidados em Belém.
Um dos problemas que muitas pessoas esbarram é sobre a questão de preços. Se formos pensar em questões nacionais, muitas pessoas ganham valores altos pelos serviços prestados, por exemplo o ex-BBB Arthur Picoli revelou que com uma publi, ele ganhou o referente a mais que 5 anos de salário como professor.
Porém, alguns empreendedores tem dificuldade em ver o produtor de conteúdo como uma profissão. “Em relação ao mercado é muito difícil se manter, visto que a grande maioria dos empresários do ramo alimentício não valorizam o trabalho. Já começa que eu só público o que realmente gosto, tenho uma credibilidade que foi construída com muito trabalho e mesmo que me paguem eu não vou dizer que o produto é bom se ele não for”, avaliou.
Quem tiver dinheiro para investir na profissão pode iniciar uma consultoria ou um curso acadêmico. Na Unama tem uma “Especialização em Digital Influencer”, que atende influenciadores que pretendem construir suas marcas. No curso é abordado, a capacidade de mobilização e influência junto a um considerável número de potenciais e atuais consumidores de produtos e serviços exige que empresas e gestores de marketing em geral saibam como atuar neste universo.
Porém, se existe a necessidade de um acompanhamento mais personalizado, Bel Soares, especialista em Branding Pessoal e Comunicação Humanizada, está no mercado fazendo essa assessoria.
"Estamos vivendo a era da experiência, onde pessoas influenciam pessoas. E dentro do mercado do influenciador digital isso ganha uma amplitude muito maior se ele souber gerir sua marca pessoal através do processo de personal branding. Tudo em nós comunica e pra eles, que precisam que o algoritmo jogue a seu favor, é fundamental humanizar a fala e ter uma boa oratória para criar a percepção que deseja na sua audiência", explicou.
PRODUÇÃO
Alan atende influenciadores e empresas. (Arquivo Pessoal)
Alan Rodrigo, do Clique com Alan, é pioneiro no segmento produção audiovisual com o celular. Com quase 70 mil seguidores no Instagram, ele iniciou sua trajetória estudando sobre o assunto e hoje tem um portfólio empresas nacionais de grande porte.
Com cursos online, ele ensina dicas de como criar conteúdos mais dinâmicos e visuais. “Ensina as pessoas a não somente usar o celular para fazer bons vídeos e mostrar o seu perfil, mas também ensina o conhecimento estratégico para conseguirem vender o seu perfil”, explicou.
PROFISSÃO
Mestre explica sobre as tendências do mercado. (Arquivo Pessoal)
Com o questionamento levado acima sobre a nomenclatura “criador de conteúdo” e “influenciador digital”, que ainda gera alguns questionamentos. O Mestre em Ciências da Comunicação, Mario Camarão, que é coordenador do curso de comunicação social - Jornalismo, publicidade e filmmaker, explicou que as dúvidas surgem por serem profissões novas no mercado. “É importante ter ética e responsabilidade social sempre do que se produz e compartilha. Não podemos deixar de responsabilizar esse profissional que tem um papel fundamental de levar informação e discussão crítica diante da própria profissão”, explicou.
Mário Camarão também falou sobre a diferença entre as duas profissões, mas destacou que elas são capazes de se encontrar e que é possível ter as duas funções: “O influenciador digital está sempre associado, principalmente a utilização da presença dele nas redes sociais, ele tem o papel de influenciar. Inclusive esse termo é muito questionado por todos, afinal ele influencia mesmo pessoas? Ele influencia mesmo pessoas a comprarem produtos ou marcar? Ele está diretamente associado a influência que ele gera nos seus seguidores. O seu conteúdo online é uma curadoria, que se reflete direto ao estilo de vida que se tem a critérios relacionados a Imagem, a própria formatação do dia a dia, do ‘way of life’, que é exatamente vender conceitos de imagens, que passa pelo marketing pessoal, baseado nas parcerias que faz pelas marcas. O influenciador digital está ligado ao lado comercial, ele buscar um feed ligado a imagens que representa ou que reforcem critérios de identificação, de aproximação e assim influenciar o seu nicho. Ou seja, ele trabalha por nichos”.
“O criador de conteúdo ele já tem uma diferenciação, porque na verdade ele acaba sendo o especialista em produção de conteúdo autoral. Ele está sempre associado a esse compartilhamentos de conteúdos com um proposito, que é exatamente de levar esse conteúdo para o maior número de pessoas e buscar engajamento”, finalizou Mário Camraão.
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