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Silvinho da Beija-Flor, recém-falecido, ganha show em homenagem, neste domingo, 11

O samba paraense chora a perda do ´puxador de sambas-enredo vencedor de festivais.

Enize Vidigal
fonte

A cena do samba paraense chora a perda de um dos seus célebres intérpretes. O carioca Silvinho da Beija-Flor, de 71 anos, residia em Belém há mais de 30 anos, onde foi puxador de samba-enredo das maiores escolas de samba, além de ter vencido vários festivais e representado agremiações do interior do estado e do Maranhão e do Amapá, vencedor de vários festivais. Neste domingo, 11, Silvinho será homenageado por vários artistas que irão se revezar no palco da Casa do Gilson, a partir das 16h30, com entrada franca.

Silvinho faleceu na última quinta-feira, 8, após sofrer uma parada cardíaca. O corpo foi velado no barracão do Rancho Não Posso Me Amofiná, onde ele foi puxador de samba-enredo por muitos anos. O enterro ocorreu na manhã do dia seguinte, no cemitério São Jorge, em Belém, em meio a várias homenagens. Ele estava viúvo há cerca de um ano e deixou enteados.

“Intérprete de avenida com potência de voz, ele era grande representante. Quem já ouviu ele cantando na avenida, não esquece o timbre de voz, a afinação e o gogó que ele tinha”, declarou a jornalista Lourdinha Bezerra, apresentadora do Clube do Samba, da Rádio Cultura, reconhecida incentivadora do gênero em Belém.

Silvinho da Beija-Flor iniciou no samba como ritmista, tocava pandeiro na Mangueira, no Rio de Janeiro, conforme recorda o amigo André Avelino, velha guarda do samba paraense: “Conheci o Silvinho nos anos 70, ainda no Rio. Ele gostava de cantar e tinha pouca oportunidade de mostrar o potencial vocal. Ele sempre cantava pra gente nas nossas brincadeiras. Quando voltei pra Belém, ele tinha vindo na minha frente, já estava engajado no Rancho e tinha casado com uma moça que já tinha filhos”.

 “Ele começou a arrebentar a boca do balão, cantava muito bem, cantou em todas as escolas daqui de Belém. Mas, ultimamente, ele vinha só frequentando as escolas, mas não como intérprete, estava há alguns anos sem contratado e faturava melhor no interior e no Maranhão”, recorda.

O cantor e compositor Bosco Guimarães foi o principal parceiro de Silvinho, que gravou as composições do paraense ao longo desses 30 anos e, juntos, eles venceram vários festivais de samba-enredo, com destaque aos sambas-enredo alusivos à Fafá de Belém e ao Clube do Remo, time do qual Silvinho era torcedor.

“Nós ganhamos nove anos seguidos os festivais de samba-enredo do Rancho e dez anos seguidos os festivais da Unidos de Tucuruí, onde ele também era cantor oficial. Ele foi cantor oficial no Rancho, Embaixada (do Império Pedreirense), Quem são eles... as maiores escolas daqui, (pra se ver) a importância que ele teve no carnaval”, recorda. Em 2008, Silvinho foi o único intérprete a receber nota 10 de todos os jurados, foi pelo Quem São Eles, quando a escola homenageou o escritor Benedicto Monteiro.

Bosco confirma que, nos últimos anos, Silvinho estava sem espaço nas grandes escolas, mas deixou gravado o samba-enredo de 2023 da escola de samba Coração Jurunense. A música foi gravada há menos de um mês, a última gravação dele.

Agende-se:

Show em Homenagem a Silvinho Beija-Flor

Dia: Domingo, 11

Hora: a partir das 16h30

Local: Casa do Gilson (Tv Padre Eutíquio, 3172, bairro da Condor)

Entrada franca

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