‘Samba da Feira’ retorna com roda de samba especial pelo Dia do Trabalhador

Músicos de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, fazem apresentação na Feira da Cidade Nova 6

Bruna Dias
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Como o próprio trecho da canção ‘Samba da Minha Terra’, de Dorival Caymmi, sugere: Quem não gosta do samba bom sujeito não é’! Se for assim, hoje (1ª), Dia do Trabalhador, é um ótimo dia para curtir um samba de roda gratuito com muita música raiz.

Em edição especial do Dia do Trabalhador, o ‘Samba da Feira’, fará uma aparesentação a partir das 15h, no Restô da Juju, na Feira da Cidade Nova 6, em Ananindeua. Além disso, os músicos comemoram 12 anos de projeto, o que deixa o evento ainda mais especial.

O ‘Samba da Feira’ começou com a família Travassos há mais de uma década e hoje reúne os mais diversos músicos do município. O projeto ocorre de 15 em 15 dias e é uma forma de disseminar a cultura ananindeuense, já que esses profissionais que moram no local e fazem parte de outras bandas, pouco tocam no município.

Ramiro Travassos, Rafaela Travassos, Ramon Travassos, João Pereira, Higor Rodrigues, Biel, Paulinho Madeira, Sobrinho Ferreira, Guilherme Ferreira, Henrique Travassos e Harlesson de Menor, fazem parte do ‘Samba da Feira’, que vem desse legado familiar.

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“Essa é uma nova geração. Começamos a tocar aqui na feira há 12 anos. Meu pai, Betão Travassos tinha uma ponto ali no canto, onde vendia alguns produtos, e a gente vinha fazer música aqui. Começou a juntar várias pessoas, o que virou um sucesso. A ideia sempre foi reunir amigos", relembra Rafaela.

Além dos irmãos, Ramiro e Ramon, a cantora conta que estão chegando os seus sobrinhos para dar seguimento a musicalidade da família.

Como o movimento popular deu vida a esse projeto democrático, a intenção é inteagir e reunir todos os tipos de pessoas.

“A gente sempre tem hora para começar, mas nunca para acabar. Fazemos nosso samba de roda, cada um canta o que quer, o público pede música e assim vai acontecendo”, antecipa Rafaela.

A cantora que faz parte da noite e tem a agenda cheia, pouco se apresenta no município onde mora, assim como os demais membros, por isso a necessidade de reviver o ‘Samba da Feira’. "O músico daqui pouco se apresenta por Ananindeua, esse projeto é também para destacar que aqui temos bons artista e fortalecer a nossa cultura, em um local que é a nossa cara e tem história, mas o importante mesmo é fortalecer esse movimento cultural de Ananindeua", acrescenta Rafaela.

Uma das características do 'Samba da Feira' é que o repertório não tem repertório.  "Como o nosso trabalho é tocar o que o público quer, muitas vezes a gente fica refém disso. Então, nesse projeto nós reunimos a galera que toca na noite e tem a segunda-feira como folga, para tocar o que a gente gosta, que é samba raiz, que não somos acostumados a tocar nos nossos shows. Além disso, o espaço também é para a gente divertir, confratenizar, bater papo e ficar à vontade", explica Rafaela Travassos.

O espaço é tão democrático que a frase 'é só chegar' faz muito sentido, já que as pessoas podem chegar cantar, tocar e dançar. Por lá, a diversão também se expande para apresentar um trabalho novo e conhecer novos profissionais da música.

"Como tiramos a segunda para cantar o que a gente gosta, também aproveitamos para mostrar as nossas composições. Ou seja, o 'Samba da Feira' na realidade é um movimento cultural que impulsiona esses novos compositores, não só os novos cantores ou músicos, mas o profissional que trabalha escrevendo canções", destaca Ramiro Travassos.

Como o 'Samba da Feira' começou há 12 anos, o projeto precisou conviver com a saída de alguns músicos e a chegada de novos. Hoje, participam até membros de outros Estados do Brasil que residem aqui, como por exemplo, Madeira, do Rio de Janeiro e João Pereira, da Bahia.

"O projeto começou bem natural, o intuito sempre foi reunir os amigos e realmente só vinha quem gostava, só participava quem gosta do samba e raiz, mas tudo aconteceu de forma bem natural, até chegar ao que é hoje",  explicou Ramon Travassos.

RETORNO

O 'Samba da Feira' após um hiato sem ocorrer, ele retornou quinzenalmente e agora com essa edição especial. "Vai ser muito especial porque é um feriado. A gente faz samba no meio de uma feira, onde vende de tudo, desde farinha e outros tipos de alimento. O movimento é muito grande, na segunda geralmenteo músico tira o dia para descansar ou aproveitar, é um dia de folga. Ou seja, vai ser folga para geral, então convidamos todo mundo para comparecer ao 'Samba da Feira' no nosso dia, Dia do Trabalhador, e a gente merece tirar esse momento para a gente. A roda de samba vai ser super democrática, vamos receber vários colegas nossos, e posso adiantar qe vem gente das antigas, e gente qe também está chegando agora no movimento. Mas antecipo logo, que somos super felizes em confraternizar esses 12 anos de 'Samba da Feira' com os nossos colegas", conta Rafaela.

A festa começa às 15h, com uma roda de choro fazendo o esquenta para depois iniciar a roda de samba.

RIO DE JANEIRO

Rafaela Travassos esteve no Rio de Janeiro recentemente, no mês de abril. Ela aproveitou para fazer uma imersão no samba carioca e cantar em alguns lugares pelo Estado. A cantora recebeu o convite de João Martins, que é compositor e cantor na cidade, para fazer uma apresentação no Cacique de Ramos, no bairro da Olaria.

"Cantar no Templo Sagrado do Samba, como é chamado o Cacique de Ramos, onde meus ídolos já se apresentaram é de uma emoção sem tamanho, meu coração só faltou sair pela boca, explodindo de felicidade. A quantidade de paraenses presentes, tmbém me chamou muita ateção". Fui muito bem recebida e voltei para o Pará muito grata", relembra Rafaela Travassos.

Agende-se

Samba da Feira

Data: Hoje, 1º

Hora: 15h

Local: Feira da Cidade Nova 6 - Tv. We Oitenta Cidade Nova VI, 1284 - Cidade Nova, Ananindeua

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