Bruno Araújo, ex-banda Sevilha e Extravagância, morre nesta quarta (16) vítima de câncer

O músico lutava contra uma leucemia

Thainá Dias e Sonia Ferro
fonte

Morreu às 6h15 desta quarta-feira, 16, aos 41 anos, o músico Bruno Fernandes, que fez parte das bandas Sevilha e Extravagância. Ele lutava contra uma leucemia há mais de um ano. Reservado, o artista preferiu compartilhar o tratamento apenas com os amigos mais íntimos.

Nascido em Belém, Bruno começou a estudar música aos sete anos de idade. Foi vocalista da banda Extravagância (samba) e depois Sevilha (reggae), onde começou a compor as próprias músicas. Sucesso nos anos 2000, o grupo Sevilha já se apresentou com renomados artistas do meio, como Marcelo D2, Cidade Negra, Tribo de Jah, Ira! e até com o jamaicano Erick Donaldson. Após anos longe dos palcos, os integrantes abriram um show da Natiruts em Belém, em 2018, e desde então seguiam com os projetos musicais.

O cantor e produtor cultural Juca Culatra não esconde a dor de perder um grande amigo. “Éramos bem próximos, evitávamos nos encontrar durante a pandemia por conta da doença dele. Eu era uma das poucas pessoas que sabia. Ele sempre foi bem reservado. Vi meu amigo pela última vez em novembro, quando gravamos o clipe da música nova dele, da banda Sevilha. É uma perda sem tamanho. Ele começou primeiro do que eu na música e aprendemos muito juntos”, relembra. O último trabalho do artista a que Juca se refere foi a gravação e o lançamento do clipe "Minha Estrela", da banda Sevilha, em novembro de 2021. 

O DJ e assessor de imprensa Vitor Pedra lembra com carinho do músico. "Trabalhamos muitas vezes junto em festivais independentes produzidos por ele. Mesmo as dificuldades impostas pela pandemia, não impediu a criação do seu último single pelo Sevilha, com parceria da banda Rising Spirit, da República Checa. O momento é de muita tristeza e gratidão pela construção da nossa história na música paraense", lamenta.

A radialista e produtora de conteúdo Gisa Smith acompanhou o músico quando fazia parte da banda Sevilha e relembra momentos que viveu na época. “Eu seguia a banda pelos bares e casas noturnas que eles tocavam, especialmente Mormaço e Solamar. A cena reggae estava muito forte e tivemos várias bandas paraenses surgindo nessa época, caso do Sevilha.  Era bacana porque a galera se conhecia e ia para curtir o som autoral deles e o Bruno tinha uma presença de palco muito forte, sempre atencioso com os fãs”, conta.  

Além de cantor e compositor, o artista também tocava diversos instrumentos musicais como acordeon, violão, bandolim, guitarra, sanfona, piano, banjo, cavaquinho e percussão. O corpo foi velado durante a tarde desta quarta-feira, 16, por amigos e familiares e será enterrado hoje, 17, às 15h30. Não foi confirmado o local do sepultamento.

O último trabalho do artista foi em novembro de 2021, em parceria com o melhor amigo Juca Culatra. Eles gravaram o clipe "Minha Estrela", da banda Sevilha. 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Música
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM MÚSICA

MAIS LIDAS EM CULTURA