Grupo Choro Vila Sorriso estreia nesta sexta-feira, 31, em Icoaraci
O grupo é formado por Beá (Guitarrada das Manas), Edimar Silva, Luany Ferreira e Cosme Palheta.
A cena musical do distrito de Icoaraci atravessa uma fase de efervescência com o surgimento de novos grupos artísticos, inclusive, relacionados à reafirmação da ancestralidade africana. Com o Choro Vila Sorriso não está sendo diferente. A guamaense Beá Santos (da ‘Guitarrada das Manas’) troca a guitarra pelo cavaquinho e se junta aos icoaracienses Luany Ferreira (flauta transversal), Edimar Silva (pandeiro) e Cosme Palheta (violão 7 cordas) nesse novo projeto. O grupo estreia nesta sexta-feira, 31, às 20h, no Espaço Casa de Caba.
O grupo nasce do encontro de artistas de diferentes gerações e com experiências nos gêneros do samba, guitarrada, capoeira e chorinho. No primeiro show, o Choro da Vila Sorriso vai trazer o repertório com obras de mestres populares paraenses, como Adamor do Bandolim, Mestre Laureano, Mestre Catiá e Luiz Pardal, além de clássicos de Pixinguinha e Waldir Azevedo.
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Há dois anos Beá começou a pesquisar e a tocar chorinho na noite, de forma paralela à Guitarrada das Manas (duo com Renata Beckman) enquanto Luany, Edimar e Cosme já trilham há mais tempo os caminhos desse ritmo, inclusive, eles integraram juntos o extinto grupo Engole o Choro, que chegou a gravar um álbum com obras de Adamor do Bandolim, em 2016.
“Eu continuo com o trabalho da Guitarrada das Manas”, afirma a multi-instrumentista Beá. O chorinho se torno alvo da minha pesquisa como musicista, tive contato com o Mestre Adamor do Bandolim e com o ritmo em vários espaços de Belém, como a Casa do Gilson e outros, o que me trouxe o interesse em aprender a linguagem do Chorinho”, acrescenta.
O novo grupo tem encarado uma rotina intensa de ensaios. Além de difundir o gênero musical, o objetivo do Choro Vila Sorriso é celebrar os mestres paraenses e a cultura regional, bem como resgatar a obra deles, é o caso do Mestre Laureano, flautista, que não deixou nenhuma música gravada. Isso, sem deixar de lado os grandes nomes que fizeram história na música popular brasileira.
Trajetórias
Beá cursou violão no Instituto Carlos Gomes e Licenciatura em Música na UFPA. Lançou o álbum ‘Guamaense’, com a Guitarrada das Manas, em 2019, e se apresentou em festivais como o Rock in Rio, MIA, Virada Cultural de São Paulo e Festival de Jazz de Salvador.
Luany Ferreira é flautista formada em Música, que participou da gravação do álbum com obras de Adamor, pelo Engole o Choro, com patrocínio do Itaú Cultural. Já Edimar Silva trabalha, leciona capoeira de angola em Belém. Ele iniciou na música com o projeto Choro do Pará, formou o grupo Choramingando e integrou o Engole o Choro. Enquanto Cosme Palheta, costuma tocar cavaquinho em grupos de samba e pagode de Icoaraci. Ele estudou violão, integrou a Orquestra de Choro do Pará, formou o grupo Chove Choro e foi produtor musical do projeto Vem ver o peso do Samba.
Agende-se:
Show de estreia do grupo Choro Vila Sorriso
Dia: Sexta-feira, 31
Hora: 20h
Local: Espaço Ninho de Caba (Rua Padre Júlio Maria, 1494, Icoaraci)
Couvert: R$5,00
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