EXCLUSIVO: Símbolo da Cultura Afro-brasileira, Olodum se apresenta no Afropunk Experience

Edição itinerante traz para Belém imersão cultural para aproximar do povo brasileiro e toda sua diversidade étnica.

Bruna Dias
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Neste sábado (21), Belém vai sentir o gosto do Afropunk, com o Afropunk Experience. O maior festival de cultura negra terá uma edição itinerante no Espaço Náutico Marine Club.

Esta será a primeira edição do festival na capital paraense e vai reunir música, gastronomia e artes visuais em uma grande celebração entre a diversidade e a criatividade afro-diásporica. No line-up estão confirmados: Dona Onete, Olodum, Black Alien, Aparelhagem Mega Príncipe, Bruna BG e Rock Doido do Psica.

A banda Olodum, símbolo da cultura baiana, é uma das mais aguardadas no evento. Este ano, o grupo baiano completa 45 anos de existência tendo como principal característica a persistência ao difundir a Cultura Afro-brasileira para o mundo. Este ano, Belém foi palco, e ainda será, de diversos festivais nacionais, o que abre um debate para a elevação dos olhares para a Amazônia. 

“Acho essa valorização do Norte e Nordeste muito importante, tardia, mas muito importante para gente. Nossa cultura expressa muitos elementos originários de África e das populações indígenas, é muito forte esses traços na nossa cultura. E isso vai muito além da música. Poderia falar aqui de vários fatores, como música, capoeira, artesanato, gastronomia, as manifestações religiosas e tudo isso está auxiliando demais na preservação das nossas tradições e fortalece nossa região. Sem falar nos grandes nomes da música Dona Onete, Gaby Amarantos, Felipe Cordeiro. A gente do Olodum teve a oportunidade de fazer um festival com a Aíla e o Felipe no Central Park, nos Estados Unidos, a Pororoca. O Olodum participou a convite da turma do BaianaSystem. Norte e Nordeste são regiões muito ricas culturalmente e é importante a galera poder vislumbrar e visitar os nossos espaços com grandes festivais”, analisa Lucas di Fiori, cantor da banda.

Uma marca do Olodum são as cores, a banda adotou a coloração do Movimento Panafricanismo: verde, amarelo, branco, vermelho e preto. O verde representa as florestas equatoriais da África; o vermelho o sangue da raça negra; o amarelo o ouro da África; o preto o orgulho da raça negra; e o branco a paz mundial. Todos esses pontos são bandeiras levantadas pelo Afropunk.

“O show que a gente vai fazer é o que tem rodado o Brasil. É ‘Olodum Bahia Viva’, onde a gente leva os grandes clássicos do grupo, aquelas canções que não podem faltar no repertório que as pessoas sempre pedem, além da gente pincelar alguns clássicos da música da Bahia. A gente chega com força total nesse festival. O povo paraense já recebe a gente sempre com muito carinho, a gente ama ir para região, mas indo para fazer o Afropunk tem um gosto especial. A gente já conhecia esse festival de fora, das turnês que a gente fazia, sempre ouvia falar. Tivemos a oportunidade de fazer ele aqui em Salvador na sua terceira edição e foi maravilhoso, agora nessa edição experimental, nessa experiência em Belém vai ser maravilhoso ainda. É uma é um festival sensacional que fortalece demais a nossa cultura, o nosso povo e ali os nossos se sentem representados”, pontua.

Lucas di Fiori destaca toda a importância social do grupo, que se mantém há décadas, desde a sua fundação, como símbolo e referência da cultura brasileira que luta pelo direito à cultura e contra o racismo e sendo uma das referências de identidade do Brasil no mundo. 

“Nem só de música ao vivo Olodum, que é tombado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia, e a gente fica muito feliz com esse reconhecimento de tudo aquilo que faz há 45 anos e todo trabalho sociocultural que Olodum desenvolve reverbera positivamente no mundo inteiro. O Olodum já visitou mais de 40 países, gravou com grandes nomes da música mundial, mas acho que o pilar forte é o seu projeto social, a Escola Olodum, é o que dá longevidade a todo esse trabalho e projeto. Eu vim, sou oriundo da Escola Olodum, entrei Olodum com 9 anos e hoje estou com 42, sou prova viva de como esse projeto funciona e que envolve amor, verdade e gera bons frutos. E com certeza daqui 10, 15, 20 anos, já não estou mais atuando no Olodum, mas vão ter crianças que estão sendo preparadas hoje na escola e aí vai dar longevidade a música do Olodum. Mas falando em música especificamente, a gente tem um evento anual que se chama o Femadum, que que é o festival de música e arte do Olodum, onde a gente todo ano seleciona várias canções para o bloco Olodum, então acho que isso alimenta a nossa parte musical e aí juntando o musical com o social deu essa longevidade toda e tem essa importância que o Olodum representa para o mundo”, finaliza.

Agende-se

Data: sábado, 21 
Hora: 17h
Local: Espaço Náutico Marine Club - Av. Bernardo Sayão, n° 5232 - Guamá, Belém 

 

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