Esteban Tavares faz show em comemoração aos 10 anos de ‘¡Adiós Esteban!’
Apresentação marcará retorno de artista após quatro anos longe da capital paraense.
Esteban Tavares retorna a Belém com sua banda com a tour que comemora os 10 anos do álbum ¡Adiós Esteban!. Depois de quatro anos sem se apresentar na cidade, ele fará apresentação única no Teatro Estação Gasômetro, às 19h30.
Do Rio Grande do Sul, aos 12 anos, já possuía sua primeira guitarra, que foi onde surgiu seus primeiros acordes. Com o Fresno, ele mostrou um pouco da música emo e da força desse movimento. Foram cinco anos ao todo com a banda, de 2006 a 2012.
Depois de sair do Fresno, o músico começou a desenvolver e produzir ¡Adiós Esteban!, porém o projeto ficou parado porque ele iniciou uma turnê com Humberto Gessinger, seu ídolo de infância e uma de suas principais referências musicais. Esteban foi para a estrada com o líder do Engenheiros do Hawaii para promover o álbum ‘Insular’ entre 2013 e 2015.
Em Belém, a expectativa é de reencontro. Para quem não lembra, Esteban tinha programado um projeto audiovisual para ser gravado aqui, mas em decorrência da pandemia ele foi adiado. Para a apresentação de sábado, 05, vão acompanhar o músico: Wysrah no baixo e Dudu Machado na bateria.
Veja a entrevista exclusiva com Esteban Tavares:
Como é retornar a Belém, essa cidade que possui uma sintonia com o teu trabalho e que já teve shows memoráveis? Qual a sensação de voltar a Belém com a banda inteira?
ET: Eu estou muito feliz, Belém é um lugar que me recebeu super bem, se não fosse a pandemia, teríamos gravado um DVD na cidade em 2020. Tenho uma paixão por Belém muito grande pela cidade, a última vez que fui, foi em 2019, no Garagem Sound. Então é muito bom estar voltando para a cidade e poder estar tocando dos 10 anos desse disco e rever meus amigos, tenho muitos amigos ai, tem muita gente que me dar carinho nessa cidade, é sempre uma maravilha estar de volta.
Tinha um projeto de gravação de um DVD/Disco em Belém. Ainda existe essa possibilidade?
ET: Tudo mudou conforme a pandemia, claro que fazer alguma coisa em Belém de audiovisual, ainda é minha vontade, mas é necessário um planejamento de no mínimo um ano, porque a gente vai precisar deslocar uma equipe bem grande de São Paulo e isso a gente já tinha programado para 2020, mas nada é impossível e a vontade nunca saiu da minha cabeça, é uma questão agora de com o tempo as coisas se refazerem e a gente conseguir voltar para Belém.
Bandas nacionais como Hateen, Fresno entre outras estão na ativa. Como é cantar o estilo emo, música que por muito tempo foi descriminada. O emo vive um outro momento, existe um cenário de reconstrução/renovação?
ET: A gente nunca desistiu e sempre acreditou na ideia, embora o que a gente toque hoje, não é muito parecido com o que se considerava emo há 10, 12 anos. A gente continua carregando isso com a gente porque foi o que nos trouxe até aqui, e a gente soube muito bem ir caminhando junto com o nosso público, envelhecendo a nossa música conforme o nosso público fosse também ia envelhecendo. Eu sempre tive muito orgulho dessa cena, para mim nunca foi um fardo, então é super fácil continuar assim. a gente sabia que uma hora ia rolar esse revirve e ele está ai hoje. As pessoas que não gostavam na época, estão indo nos shows, porque eles viram que é uma grande besteira por conta, daquele comportamento do adolescente na época e que o adulto consegue levar em uma melhor. Não sei se estamos nos reconstruindo ou renovando, porque o mercado de bandas novas emo, não conheço muito bem e acredito que nem exista mais. As bandas que continuaram com certeza estão em uma evolução constante, nunca pararam de evoluir.
Após a saída da Fresno, o Humberto Gessinger te chamou para tocar no disco Insular. Como foi a experiência de tocar com Humberto, artista que és fã.
ET: Esse foi meu primeiro disco, eu tive cinco anos para fazer ele, então ele foi muito bem pensado, foi ali que as pessoas viram que eu tinha um potencial para continuar sozinho, que eu não era extremamente dependente da Fresno e que poderia ter uma carreira solo. O ‘Adios Esteban’ abriu todas as portas que eu tenho hoje, se não fosse ele eu também não estaria voltando a Belém. Eu amo esse disco, tanto que eu estou comemorando o aniversário dele. As pessoas tem um carinho e uma memória afetiva muito boa do ‘Adios Esteban’ e acho que o grande presente desses 10 anos, é levar essas pessoas de volta para onde esse disco foi tão importante, como foi para mim também.
Após a saída da Fresno, o Humberto Gessinger te chamou para tocar no disco Insular. Como foi a experiência de tocar com Humberto, artista que és fã.
ET: Foi incrível. Tinha saído da Fresno para fazer minha turnê e também desistindo da minha turnê para não perder a chance de tocar com meu grande ídolo que é o Humberto Gessinger. Foram três anos, o disco ‘Insular’, o DVD ‘Insular’, que virou DVD de ouro. E foi um prazer, eu andei em todos os lugares do Brasil com o Humberto e sou muito orgulhoso dessa fase musical da minha vida. Quem sabe a fase mais orgulhosa que eu tive porque é aquele sonho de criança colocado na realidade, e quando tu mexe com a realidade, tu entra em êxtase, é só felicidade que tu tens. Amo o Humberto, amo o Rafa e adoro, amo o Rotta, que é o guitarrista hoje em dia. E sempre que eu puder vou estar com eles porque tenho um amor muito grande por esse pessoal.
O teu carinho pelo Internacional rendeu uma narração do gol de Adriano Gabirú, em uma das suas músicas. Assim como ocorreu na música dos Engenheiros do Hawaii "Anoiteceu em Porto Alegre". Em Belém, a rivalidade é entre Remo x Paysandu, o clássico Re-Pa, é bem parecida com o Gre-Nal. Como foi a ideia de colocar esse trecho da narração na música? Em Belém tens alguma preferência por Remo ou Paysandu?
ET: A ideia justamente foi para provocar o Humberto, que é meu grande ídolo, porque eu sou colorado e ele gremista. Quando o Inter foi campeão mundial, eu pensei: ‘nossa, vou pegar a narração de um gol desse jogo e vou colocar em uma música minha para responder os Engenheiros’. Pretencioso da minha parte, mas foi assim que nasceu o ‘Adios Esteban’, a partir dessa primeira música que tinha uma narração do gol do Inter, que se chama ‘Visita’. Até hoje o pessoal brinca muito com isso, porque eu sempre falei diretamente que era uma resposta para o Humberto, embora sejamos amigos. E em Belém, eu conheço bem o futebol, gosto muito, mas eu tenho uma queda maior pelo Paysandu, não sei se pelos meus amigos, mas todas as vezes que eu fui para Belém, ganhei uma camiseta do Paysandu. Então, eu tenho um carinho especial pelo Paysandu.
O que o público pode esperar do show de Tavares em Belém?
ET: Alegria, gurizada. Alegria! Felicidade! Felicidade minha de estar voltando, felicidade de quem vai viver. Nós vamos tocar esse disco na integra e mais algumas músicas. Vamos fazer uma baita festa no dia 5, e espero todos vocês por lá.
Agende-se
10 anos do álbum ¡Adiós Esteban!
Data: sábado, 05
Hora: 19h30
Local: Teatro Estação Gasômetro - Av. Governador Magalhães Barata, 830.
Classificação: 16 anos
Ingressos: https://www.clubedoingresso.com
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