Morre xilogravurista J Borges, aos 88 anos

O artista produzia imagens de xilogravura e obras de literatura de cordel, que ganharam muita projeção quando ele conheceu Ariano Suassuna

Bruno Menezes | Especial para O Liberal

Morreu, na manhã desta sexta-feira (26), o xilogravurista pernambucano J. Borges, aos 88 anos. De acordo com a família, o artista morreu de causas naturais.

Borges havia sido internado no hospital na semana passada, para receber medicações. Ele não demonstrou complicações médicas e foi liberado para voltar para casa, onde seguia sendo acompanhado por enfermeiros.

Nas redes sociais do artista, um texto e imagem foram publicados em homenagem póstuma.

“Aos 88 anos Borges se vai, deixando um legado gigante. Sua arte permanecerá no mundo, alegrando o coração de seus admiradores. Muito obrigada, Borges, por ter existido, por nos passar todo seu conhecimento de Vida e de Arte. Você foi único, e necessário. Você foi responsável por criar uma identidade única para gravura. E seu nome será lembrado até as próximas gerações”, diz homenagem publicada nas redes sociais do artista.

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O velório de J. Borges foi iniciado às 13h, no Centro de Artesanato de Pernambuco, localizado na cidade de Bezerros, a 100 quilômetros de Recife.

A morte do xilogravurista foi lamentada pela Secretaria de Cultura de Pernambuco, que divulgou uma nota de pesar e de homenagem às obras do artista.

 “Em reconhecimento merecido pela sua contribuição com a cultura popular, através da xilogravura e na arte do cordel, J. Borges é –eternamente– Patrimônio Vivo de Pernambuco. Com a identidade visual de suas obras atrelada imediatamente às raízes pernambucanas, o artista levou o nome de Bezerros e de Pernambuco ao redor do mundo”, diz a nota

“Matuto esperto e comunicativo, o exímio talhador de madeira tem em seu currículo trabalhos relevantes ao lado de Ariano Suassuna, obras no acervo da Biblioteca Nacional de Washington e a edição comemorativa dos 400 anos do D. Quixote, de Miguel de Cervantes, com uma versão em cordel da referida novela de cavalaria”, acrescentou a Secretaria.

Quem foi J. Borges

O artista nasceu em Bezerros no dia 20 de dezembro de 1935. Além da xilogravura, Borges também produzia literatura de cordel e uma de suas obras mais célebres foi publicada em 1964, chamada de "O encontro de dois vaqueiros no sertão de Petrolina". Em 1965, além de escrever, iniciou as obras de gravuras em folhetos, sendo “O verdadeiro aviso de Frei Damião” o primeiro trabalho com texto e imagens próprias. Em 1970 suas obras ganharam muita projeção quando ele conheceu o escritor Ariano Suassuna, que se encantou com a arte produzida por Borges.

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