Morre o cineasta Cacá Diegues, um dos fundadores do Cinema Novo, aos 84 anos
Diegues foi responsável por filmes como Bye bye Brasil, Xica da Silva, Tieta do Agreste e Deus é brasileiro.
O diretor brasileiro Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro. O cineasta, que tinha 84 anos, sofreu complicações de saúde após passar por uma cirurgia. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL).
Cacá foi um dos nomes mais importantes da história do cinema brasileiro. Ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman e Paulo Cesar Saraceni, foi um dos fundadores do movimento Cinema Novo.
Ele começou no cinema quando ainda estava no Diretório Estudantil da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), onde fundou um cineclube e passou a fazer produções cinematográficas amadoras, junto com colegas como Arnaldo Jabor.
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Entre suas produções dentro do movimento, destacam-se Ganga Zumba (1964), A Grande Cidade (1966) e Os Herdeiros (1969). Em 1969, deixou o Brasil e foi morar na Europa, por ter participado da resistência intelectual e política à ditadura. Ao retornar, na década de 70, dirigiu Quando o Carnaval Chegar (1972), Joanna Francesa (1973), Xica da Silva (1976), Chuvas de Verão (1978) e Bye Bye, Brasil (1980).
No período de retomada do cinema brasileiro, lançou Tieta do Agreste (1996), Orfeu (1999) e Deus é Brasileiro (2002). O Grande Circo Místico (2018) foi seu último lançamento como diretor.
“Sua obra equilibrou popularidade e profundidade artística, abordando temas sociais e culturais com sensibilidade. Durante a ditadura militar, viveu no exílio, mantendo-se sempre ativo no debate sobre política, cultura e cinema. A ABL expressa solidariedade à esposa, Renata Almeida Magalhães e aos filhos”, informou a ABL, por meio de nota divulgada em suas rede sociais.
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