Exposição 'Tomie Ohtake Dançante' em Belém: Dança e artes plásticas no Solar da Beira
Exposição com obras da renomada artista sino-brasileira Tomie Ohtake chega à Belém misturada com a dança
Uma mistura abstrata entre as obras da artista Tomie Ohtake - referência na artes plásticas brasileira - e a dança contemporânea chega à capital paraense a partir de hoje (8) até o dia 9 de julho, no Solar da Beira, no Complexo do Ver-O-Peso, com a exposição “Tomie Ohtake Dançante”. Belém é a primeira cidade do Brasil a receber as cores, as formas e o impacto da exposição, após a criação em São Paulo, feita para comemorar os 20 anos do Instituto Tomie Ohtake. A mostra terá 25 obras, entre pinturas gravuras e esculturas, de todos os tamanhos, que servirão de inspiração para a coreógrafa Waldete Brito criar uma dança original.
A itinerância é realizada com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Também será realizada a oficina “Linhas em movimento: introdução a práticas corporais orientais e criação em dança” com o coreógrafo Eduardo Fukushima, entre os dias De 19 a 23 de junho. No total serão 25 vagas gratuitas com inscrições pela internet (Clique aqui e se inscreva).
Os curadores Paulo Miyada e Priscyla Gomes revisitam as obras do Tomie Ohtake sob diferentes perspectivas. Nesta exposição, a ideia é o foco pelo ponto de vista da dança, já que as obras de Tomie carregam o movimento, ondulações e formas características.
“A outra característica, mais específica, é essa conversa entre pintura e dança, produção visual e movimento. A exposição a gente imagina que seja muito permeável, tanto pessoas que se interessam por artes visuais, quanto por música e dança, ou pessoas gostam das luzes, cores e suas paisagens. Belém tem uma relação com as cores intrínseca, é muito permeável e aberta para repertórios variadas, e quem entra por uma porta acaba indo por outra. O tema e essa abordagem da Tomie é aberta e convidativa para pessoas com múltiplos repertórios”, destacou Paulo.
Para preparar a exposição, que ficou em cartaz até março deste ano na sede do Instituto, em São Paulo, os curadores conversaram ao longo de um ano com coreógrafos e coreógrafas de perfis e trajetórias diversos, capazes de imergir na produção plástica de Tomie Ohtake. Neste período, os convidados conceberam obras em diálogo com a biografia e a produção de Tomie e realizaram ensaios abertos na casa-ateliê da artista, compartilhando os respectivos processos com o público.
A mostra traz um recorte de obras da artista, dividida em três núcleos (rasgos e combinações, tatear a matéria, planos e profundidades) com pinturas, gravuras, estudos, maquetes e ainda um documentário inédito dedicado a contar parte dos espetáculos produzidos por esse encontro entre dança e pintura realizado pelos coreógrafos: Allyson Amaral, Cassi Abranches, Davi Pontes, Eduardo Fukushima e Bia Sano, Emilie Sugai e Rodrigo Pederneiras.
O presidente do Instituto Tomie Ohtake, Ricardo Ohtake, adianta a possibilidade de trazer novas exposições para Belém no próximo ano, principalmente pela realização da COP30. “A gente quer dizer que isso é muito interessante. Podemos organizar outras exposições como essa e trazer outras quantidades de trabalhos. Com a realização da COP em Belém traz novas possibilidades para trazer outras coleções de arte de tal forma que a gente possa movimentar um pouco mais a parte artística da cidade”, adiantou.
Mostra itinerante: Tomie Ohtake Dançante
Período: De 08 de junho a 09 de julho de 2023
Solar da Beira
Boulevard Castilhos França, 120
Terça – Sexta, 8h – 17h
Sábado e domingo, 8h – 14h
Entrada Gratuita
Articulação e patrocínio: Instituto Cultural Vale
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