Lendas e histórias mágicas inspiram escritora paraense para romance policial
Kerolene Souza estreia na literatura com o "Livro de Débora"
A vida do interior com as histórias e lendas compartilhadas em encontros familiares ou entre amigos junto de toda a atmosfera bucólica foi umas das motivações e inspiração para o desenvolvimento da escrita de Kerolene Souza, com codinome de KJ Souza. A escritora lançou o primeiro livro da carreira, um romance policial que já está disponível para o público adquirir. Para adquirir é só acessa o link .
O "Livro de Débora" é o primeiro livro solo da jovem escritora, pois ela já participou de outras publicações com contos em revistas como a "Mystério Retrô", além de ter textos premiados na plataforma Scriv.
A obra, um romance policial, tem uma anti-heroína que teve um passado difícil e que faz justiça com as próprias mãos. "Na opinião dela, a justiça é falha e muitas vezes deixa os 'monstros' livres na sociedade. Mas é claro que essa vida fora da lei não é nenhum pouco calma e fácil, ela vai encontrar obstáculos em seu caminho e passar por situações que deixarão a linha ainda mais tênue entre o que ela chama de justiça e o que chamamos de vingança", pontua a escritora sobre a trama.
Nascida em Muaná, na ilha do Marajó, a escritora diz que é comum para quem é do interior crescer ouvindo histórias sobre criaturas mágicas, lendas e, em alguns casos, histórias reais de crimes.
"Sem dúvidas, a Amazônia é um lugar muito inspirador não só para os escritores de suspense, terror, horror ou policial. Inclusive, acredito que nossa região pode e deve ser berço de histórias dos mais diversos estilos e temas, existe capacidade para vivermos essas histórias e também para colocá-las no papel", reflete.
Como autora, Kerolene também tem histórias que mesclam entre as lendas e o mundo moderno. "Embora a história deste livro não se passe especificamente em solo paraense, a última cena do meu livro (spolier) se passa em um porto de Belém, muito como homenagem aos sete anos que morei na capital paraense", adianta.
Kerolene vive um momento de satisfação na carreira como escritora, pois é a primeira obra a ser publicada de forma física e virtual. Ela diz que já tem outras histórias escritas que pretende lançar. "Tenho muita vontade de um dia fazer um livro inspirado nos eventos da Cabanagem, algo fictício com um fundo histórico", completa a jovem.
Sobre as influências, ela destaca que começou a escrever no gênero policial a partir do apreço pelos escritores brasileiros como Rubem Fonseca, Machado de Assis, Lygia Fagundes Telles entre outros.
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