Jornalista Felipe Cortez indica três séries documentais sobre crimes reais para assistir

O profissional é um entusiasta do gênero

Painah Silva
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Entre os fãs de séries documentais, há os que se interessam por aquelas que abordam crimes reais, investigações, reconstituições do ocorrido e depoimento de sobreviventes e especialistas. O jornalista Felipe Cortez é uma dessas pessoas que gosta de consumir esse tipo de conteúdo e entende pois trabalha diretamente com a produção de conteúdos considerados como não ficção. Sobre o gênero “true crime”, ou crimes reais, o profissional afirma que é uma produção que o encanta. “É uma oportunidade de conhecer diferentes variáveis que circundam estes acontecimentos, o que pode até nos levar a refletir sobre o que nós mesmos faríamos sob as mesmas circunstâncias. Claro, a realização destas obras exigem, além do exercício criativo de revisar fatos históricos, um forte compromisso ético e muita responsabilidade sobre a qualidade e precisão de informações, afinal estamos falando das vidas de pessoas reais”, diz.

A primeira opção de documentário que Cortez indica é a produção original da Netflix, “João de Deus: Cura e Crime”. A produção aborda a história do idolatrado médium que usava de sua fama para cometer crimes sexuais contra mulheres que o procuravam em busca de ajuda. “Por meio de imagens de um vasto arquivo e de entrevistas com testemunhas, vítimas e conhecidos, a série documental acompanha a trajetória do idolatrado médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, que se tornou protagonista de um dos maiores casos de assédio do Brasil”, afirma o jornalista.

O segundo documentário indicado é “Bandidos na TV”, lançado em 2019, na Netflix. Wallace Souza foi uma personalidade da tv que ficou conhecido por denunciar crimes. O que surpreendeu a todos foi o fato dele planejar os crimes violentos que denunciava. “A série conta a ascensão e queda de Wallace Souza, um homem controverso, apresentador de um programa de televisão popular que se torna o deputado mais votado do estado do Amazonas até ser acusado de chefiar um esquema de assassinatos macabros que seriam exibidos em seu próprio programa, um dos crimes mais bárbaros da TV brasileira. A mesma história inspirou duas séries de ficção que lançam outros possíveis olhares para o conflito dramático do criminoso que noticia os próprios crimes: “Pacto de Sangue” e “Crime Time”, conta Felipe.

Por fim, o terceiro documentário é uma série da Netflix, chamada “Wild Wild Country”. Nele, é mostrada a história de um guru indiano que fundou uma espécie de seita, na qual aconteciam diversas situações controversas. “Série documental em 6 capítulos sobre o controverso guru indiano Bhagwan Shree Rajneesh (Osho), sua antiga assistente pessoal Ma Anand Sheela e seus seguidores da comunidade de Rajneeshpuram, próxima da pequena cidade de Antelope, ambas localizadas no Condado de Wasco, Oregon. O que torna a série mais interessante são os conflitos decorrentes da interação da comunidade criada pelo guru com a população da cidade americana”, finaliza.

(*Estagiária Painah Silva, sob supervisão do Coordenador de Conteúdo de Cultura, Abílio Dantas)

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