João Pedro Portinari conta a saga do ataque de um tubarão

A autobiografia, que levou dez anos para ser publicada, é um apanhado das histórias da família de João, sobrinho-neto de Cândido Portinari

Redação Integrada
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Sobrevivente a um ataque de tubarão, o carioca João Pedro Portinari Leão relata todo o drama e emoção em sua autobiografia "A Isca". A história real do windsurfista e escritor que passou a ser chamado de João Tubarão. O link para venda.

A autobiografia, que levou dez anos para ser publicada, é um apanhado das histórias da família de João, sobrinho-neto de Cândido Portinari, que tem uma relação íntima com o mar. Seu pai, avós e tios praticam pesca submarina e o contato com a praia sempre foi visceral.

No final da década de 90, João tinha acabado de voltar de uma viagem de seis meses no Havaí. “Estava com mais coragem do que nunca”, relembra na obra. Ele e um amigo tinham comprado uma prancha de windsurfe e estavam testando até onde poderiam chegar com o “brinquedinho novo”. No dia 20 de abril de 1997, um domingo véspera de feriado de Tiradentes, João saiu para velejar em Búzios, no Rio de Janeiro.

Nesse dia, João precisou encarar o tubarão-branco de quase quatro metros de comprimento. “Hoje, entendo porque fui atacado por um tubarão-branco no quintal de casa. Invadi o território dele. Não respeitei o mar. Achava que era dono dele. Aprendi que não sou dono do mar. Os verdadeiros donos são os peixes”, relata.

Durante o ataque, João sentiu uma batida. "Não fiquei assustado ou desesperado. Foi matemático, como um mais um é igual a dois. Tive certeza de que iria morrer. Seria rápido e sem sofrimento. O tubarão veio de baixo para cima, do fundo do oceano, e abocanhou minha perna, segurando-a com seus dentes e rasgando minha pele. Em seguida, deu um golpe de corpo, mudando sua direção em 180 graus”, relata.

De repente, o tubarão o soltou. João se viu imerso em uma poça de sangue, em mar aberto, a quilômetros da praia. Cada segundo seria determinante na sua corrida para permanecer consciente e vivo. A partir daí é preciso fazer a leitura para saber a saga completa de João Pedro Portinari Leão.

Mesmo depois do trágico encontro, João não deixou de praticar o esporte e, após mais de sete meses de recuperação, voltou à liberdade que apenas o oceano oferecia. Mas, dessa vez, na presença de um companheiro imaginário, um tubarão-fantasma que o atormentava, mas que não conseguiu vencê-lo.  

Sobre o autor: Nascido no Rio de Janeiro em 8 de fevereiro de 1975, João Pedro Portinari Leão vem de uma família de pescadores. Formou-se em Marketing em 2000 e, antes mesmo de receber o diploma, embarcou para o arquipélago de Tuamotu, no coração da Polinésia Francesa. Lá, construiu uma fazenda de pérolas e passou os 12 anos seguintes. De volta ao Brasil, aventura-se no mundo empresarial.

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