Iza Moreira é a paraense que vai interpretar Tânia em 'Amor Perfeito'

A atriz falou um pouco do novo trabalho e de como foi a infância em Ananindeua

Bruna Lima
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Do Distrito Industrial, em Ananindeua, começa a história de vida da atriz e modelo paraense, Iza Moreira, que atualmente está no elenco da nova novela das 18h da TV Globo, “Amor Perfeito”, que começa na próxima segunda-feira (20). A equipe de oliberal.com esteve na coletiva de imprensa da novela e conversou com a paraense sobre o novo trabalho, a infância no município de Ananindeua e sobre a importância de representar o Pará e a Amazônia nesse mundo da arte.

1. Iza, como foi a preparação para interpretar a Tânia? A personagem tem algo em comum contigo? Qual está sendo o maior aprendizado com esse trabalho?

A preparação pra Tânia foi divertida e rápida em um lugar de me encontrar com essa família preta e poder reforçar esse lugar de ser uma menina feliz e de resgatar a juventude, mesmo eu sendo uma pessoa jovem que tem suas responsabilidades. Todos os personagens que eu faço quando são concretizados e entregues a mim como atriz, acaba que viram parte de mim sem eu saber. Então, eu me vejo na Tânia em vários momentos e também vejo a Tânia em mim. O meu maior aprendizado está sendo entender que a minha voz é necessária, ela é ouvida e é incrível estar em um trabalho onde a minha presença é muito importante assim como em outros trabalhos que eu já estive. Mas acho que esse, por ser em uma emissora tão potente no Brasil, traz esse lugar de confiança e de enxergar com bons olhos a mudança no audiovisual.

2. Me fala um pouco de como esse mundo da arte surgiu na tua vida.

Eu acho que a arte está muito presente na minha vida desde sempre. Sendo na música, pela minha família. Eu fiz balé quando era criança, acho que aí foi o meu primeiro contato com o palco, na verdade. Eu não cheguei a estudar teatro. Eu sempre enxerguei esse lugar de atriz como algo muito interessante, mas acho que por conta desse lugar e esse distanciamento que existe entre o Norte e as demais áreas do país como o Sudeste, eu nunca enxergava como uma possibilidade. Então, quando eu decidi mudar pra São Paulo com 17 anos para ser modelo eu não imaginava ser atriz naquele momento. As pessoas falavam que eu funcionaria muito pra TV e quando surgiu o teste para a Netflix, eu fui aprovada e estava em um lugar completamente inesperado, mas eu sabia que eu poderia entregar tudo. Eu estava muito bem rodeada pelos meus preparadores e produtores. Eu me senti livre para poder realizar este desejo desde criança que estava guardado. Então, desde Boca a Boca, eu descobri algo que amo muito fazer e quero me guiar.

3. Tu sentes algum tipo de responsabilidade por ser uma representante da Amazônia? Onde as oportunidades são escassas para muitas jovens como tu.

Com certeza existe uma responsabilidade imensa. Todas as vezes eu preciso me relembrar do lugar em que eu alcancei e o quanto é importante para outras pessoas a minha presença nesses espaços. É uma cobrança, mas eu tenho muito apoio familiar, uma rede de apoio muito grande que reforça esse lugar. Às vezes é pesado, é solitário, mas ao mesmo tempo eu não sou a única e pretendo não ser a única, quero que outras pessoas cheguem neste lugar. Quero encontrá-las nos meus locais de trabalho. E fico feliz também em ser essa representação, porque eu sempre vi muito pouco quando eu era criança, até nos meus convívios da vida mesmo. E fazer parte desta representatividade é muito gratificante.

4. Como foi tua infância no Pará?

Nasci em Belém, mas fui criada na região periférica do Distrito Industrial, sou cria de Ananindeua. Estudei a minha vida inteira nessa região. A minha infância foi muito divertida, sempre estive em família, cresci cercada de amor. Tenho memórias afetivas e amorosas da minha infância.

5. Tua família ainda mora no Pará? Como foi mudar de cidade e enfrentar os desafios?

A minha família mora no Pará e sempre morou. Eu nasci e fui criada até os meus 17 anos que foi o momento em que eu decidi sair, e fui apoiada pela minha família na minha decisão, eles não sabiam muito bem o que eu estava indo fazer, mas eu acho que foi o meu ponto de start. Eles acreditarem em mim para eu poder acreditar em mim mesma nesse lugar, e é muito difícil sair do nosso ninho e do lugar de conforto, o lugar que eu reconheça ali as minhas próprias raízes. Quando a pessoa é de um lugar onde a cultura é muito rica, muito expansiva, eu acho que é sempre muito difícil sair. Mas eu acho que faz parte deste processo. Eu sinto muita falta sempre, tento ir o máximo que posso e fico muito feliz de poder voltar sempre.

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