Ismaelino conversa com San Marcelo sobre expectativa da premiação

O diretor paraense concorre a melhor curta no Festival de Cinema de Gramado

Bruna Lima
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O jornalista e colunista Ismaelino Pinto, de O Liberal, segue na programação da 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado informando sobre tudo o que vem acontecendo no festival. Ele preparou um material exclusivo com o diretor de cinema do município de Bragança, San Marcelo, que é diretor do curta "Benzendeira", e concorre no festival ao prêmio de melhor curta brasileiro.

O diretor paraense disse que se sente confiante na disputa, uma vez que o filme retrata questões importantes e contemporâneos. Inclusive, em um dos debates do festival, a crítica de cinema Maria do Rasário Caetano, elogiou a produção. "Ela parabenizou O San Marcelo e disse que ele fez cinema de verdade, pois em uma única obra ele retratou a questão de gênero, a questão de preservação ambiental e de ancestralidade", disse Ismaelino Pinto. 

"Benzendeira" já correu por vários festivais e a próxima disputa será em território internacional, no  Inffiito Film Festival, em Miami. 

O curta "Benzendeira" imerge no universo da benzedeira Maria do Bairro que escolheu o silêncio para dividir a sabedoria que lhe foi confiada. A trama se passa em uma ilha na comunidade do Tamatateua, interior do município de Bragança. 

O personagem Manoel Amorim, conhecido como Maria do Bairro, o preto conhecedor de ervas e benzedor, se dedica à cura do corpo e da alma de quem a procura. O saber que a habita não vem do achismo, mas sim da vivência e resistência direta com a natureza, seus espíritos e filosofia.

Há 33 anos o jornalista Ismaelino Pinto trabalha na cobertura do Festival de Cinema de Gramado. Esse ano, além do material do jornal impresso, ele está enviando material para o conteúdo digital de Grupo Liberal. "Há 33 anos eu sou o único jornalista do Norte que faz a cobertura desse festival, que é o mais importante do país, e neste momento, a sensação é melhor ainda, pois marca a 50ª edição do festival e ainda temos produções paraenses na disputa", destaca o colunista.

A trajetória do Festival de Cinema de Gramado acompanhou todas as fases do cinema nacional. Em 1992, com a internacionalização, o evento também passou a fazer um panorama da produção ibero-americana, ampliando seus horizontes cinematográficos. Agora, fortalece a cada ano o título de maior festival de cinema ininterrupto do Brasil, sempre se adaptando a novas tendências do audiovisual e trazendo os novos olhares de um cinema brasileiro contemporâneo e em constante mudança.

Em sua edição de 40 anos, realizada em 2012, o Festival se reinventou com um perfil mais democrático e inúmeras mudanças, onde a figura do presidente deixou de existir e as entidades de cinema ganharam maior participação. Outros fatores foram fundamentais na construção da nova fase do Festival de Gramado, como a volta da exibição dos curtas gaúchos no Palácio dos Festivais e ingressos mais baratos para todas as exibições.

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