Há mais de 40 anos Chikaoka promove um passeio pelo sensível na fotografia
A oficina “De olhos Vendados” está com inscrições abertas até 7 de maio e é para o público em geral
A oficina "De olhos vendados", de Miguel Chikaoka, já tem mais de 40 anos e pessoas de diferentes gerações já passaram pela experiência, que, é para além da técnica. O principal viés é sobre o sentir, sobre a troca e o contato com os demais sentidos. A partir do dia 8 de maio inicia mais uma edição do processo de aprendizado e vai até 26 de junho. As inscrições são realizadas pelo link e mais informações pelo instagram @miguelchikaoka.
A oficina está com pré- inscrições abertas até 7 de maio e será realizada na Kamara Kó Galeria. O processo de aprendizagem será dividido em duas turmas e as atividades abordam saídas para vivências e práticas de campo e laboratório, orientação presencial e/ou on-line, de comum acordo, conforme desenvolvimento do programa.
De acordo com Chikaoka, a ideia é estimular os sentidos para além do sistema nervoso óptico. Se trata de um curso que envolve profisisonais e não-profissionais da fotografia, pois o objetivo é promover uma experiência de deslocamento. "Nesse mundo imagético que vivemos, onde a poluição sonora é forte, é importante se distanciar um pouco e pensar na imagem por meio do som, do tato. É um curso que visa nos reconectar com os demais sentidos", destaca o mestre.
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O processo de aprendizagem tem duração de quase dois meses. Nesse período, Chikaoka propõe uma imersão no espaço-tempo da luz cotidiana que, por natureza, conecta ao tempo. “Não existe coisa mais familiar e, ao mesmo tempo, incrível que a luz com o tanto de aprendizados que nos propicia”, revela.
Com um programa de atividades que busca introduzir conhecimentos básicos sobre a fotografia pautado por uma abordagem sensível do que constitui a gênese das imagens, a oficina tem como objetivo principal estimular o exercício do pensamento crítico-criativo sobre o “fazer fotográfico” e suas possibilidades.
Mais de 40 anos atravessando gerações
A oficina surgiu em 1981 e de lá para cá já passou por reformulações. Em um primeiro momento a oficina foi denominada como” Iniciação à Fotografia". Em um segundo momento passou a ser chamada de "Fotografia Sensorial". Depois de "Fotos Morphoses" e no momento é chamada de "De olhos vendados".
"Conforme o tempo foi passando eu fui aperfeiçoando com as modificações", destaca. Para o mestre, o que ele almeja com o trabalho é de atingir pessoas de diferentes ramos e não apenas profissionais da fotografia. "É um curso que já fez parte de vários profissionais, mas é uma didática importante para pessoas que trabalham com outros ramos, pois se trata de uma experiência de conexão, de se reconectar", pontua Chikaoka.
O mestre da fotografia já circulou com a oficina para vários lugares do país e até fora do Brasil. Atualmente, entre as diversas atividades que pratica, ele vem trabalhando com mais frequência em consultorias para educadores. Com a intenção de implantar nas escolas a produção de imagens por meio do olhar de estudantes.
"É muito importante investir nesse processo criativo, pois a produção e leitura de imagens contribui com a criatividade e leitura crítica dos estudantes. Eu acabei de fazer uma consultoria em Santarém e já passei por outras cidades do interior do estado", acrescenta Chikaoka.
O reconhecimento e uso prático dos modos e recursos de câmeras fotográficas se articula com a análise dos resultados obtidos nas práticas de fotografia com os dispositivos artesanais.
Sobre Miguel Chikaoka
Natural de Registro-SP, Miguel Chikaoka mora em Belém desde o início dos anos 1980. É graduado em Engenharia Elétrica pela Unicamp, mas sempre atuou no campo da fotografia.
Iniciou como fotógrafo independente colaborando com o Jornal Resistência da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Jornal Movimento e Agência F4. Nos anos 1990 integrou as editorias da revista Cuíra da Unipop (Universidade Popular) e da revista GIBI da Agencia Emaús.
Seu ativismo em torno do fazer e pensar coletivo da fotografia resultou na criação da Fotoativa, referência no desenvolvimento da cultura fotográfica na região.
Seu processo criativo é permeado por questões que atravessam o espaço tempo da luz para além das fronteiras da fotografia.
Dedica-se atualmente à pesquisa e experimentação de práticas educativas inspiradas em abordagens do que constitui a gênese das imagens.
Serviço:
Oficina De Olhos Vendados, com Miguel Chikaoka, inscreve até 07 de maio (domingo) pelo link curt.link/c4ewv1. Mais informações também na rede social @miguelchikaoka no Instagram
TURMA 1: Segundas e Quartas, de 19h às 21h30, de 8 de maio a 25 de junho.
TURMA 2 Terças e Quintas, de 19h às 21h30, de 9 de maio a 26 de junho
Atividades complementares: Saídas para vivências e práticas de campo e laboratório, orientação presencial e/ou on-line, de comum acordo, conforme desenvolvimento do programa
Local dos encontros regulares, práticas de laboratório, consultas e orientações presenciais: Kamara Kó Galeria (Travessa Frutuoso Guimarães, 611, bairro Campina)
CARGA HORÁRIA: 42 horas (em 14 encontros + 3 saídas para vivências de práticas de campo + práticas de laboratório, consultas e orientações presenciais ou online)
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