Google homenageia a ativista trans Brenda Lee
Empresa usou ilustração da pernambucana como 'doodle' no Dia da Visibilidade Trans
A ativista brasileira Brenda Lee foi lembrada pelo Google, nesta quarta-feira (29), dia em que é comemorado o Dia da Visibilidade Trans. Quem realizou buscas na plataforma percebeu um 'doodle' com uma ilustração da pernambucana, que foi uma mulher transsexual e defensora dos direitos humanos e da comunidade LGBT entre as décadas de 1980 e 1990. Brenda ficou conhecida por abrigar pessoas em situação de vulnerabilidade, em geral cross-dressers e transgêneros de São Paulo. Pouco depois, o local se tornou a Casa de Apoio Brenda Lee, conhecida como "Palácio das Princesas", e se tornou referência de abrigo para pessoas com o vírus HIV/AIDS.
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Nascida em 1948 na cidade de Bodocó, em Pernambuco, Brenda se mudou para a capital paulista aos 14 anos, onde morou no bairro do Bexiga. Em 1984, acolheu o primeiro soropositivo, em uma época cercada de desinformação e preconceito. Quatro anos mais tarde, em 1988, firmou convênio com a Secretaria de Estado de Saúde do Estado de São Paulo para o acolhimento de mais pessoas. A ativista completaria 71 anos no dia 10 de janeiro. Em 1992, a Casa de Apoio foi legalmente incorporada ao Hospital Emílio Ribas.
Brenda Lee foi brutalmente assassinada em 1996, com tiros na boca e no peito. O corpo da ativista foi encontrado dentro de uma kombi, em São Paulo. Acusados do crime, os irmãos Gilmar Dantas Felismino e José Rogério Araújo Felismino, na época ex-funcionário de Brenda e policial militar, respectivamente, foram presos. O motivo teria sido um golpe financeiro que havia sido descoberto.
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