Fotos dos destroços mostram cabos enroscados na hélice do avião de Marília Mendonça
A fuselagem e motores serão periciados no Rio de Janeiro e em Sorocaba
O avião em transportava a cantora Marília Mendonça e que caiu na última sexta-feira (5) em Caratinga (MG) tinha cabos enrolados nas hélices. É o que mostram as imagens feitas durante a remoção dos destroços da aeronave, nesta terça (9), por um serviço de auto socorro da cidade onde o acidente aconteceu. Restos da fuselagem seguiram para perícia no Rio de Janeiro, enquanto os motores serão enviados a Sorocaba (SP).
Os fios vistos atados à hélice, no entanto, ainda não foram identificados. Uma das hipóteses é de que sejam da torre de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com a qual a aeronave se chocou antes da queda. Na sexta, a distribuidora confirmou, por meio de nota, que a aeronave atingiu uma dessas estruturas, embora ela estivesse instalada abaixo da zona de proteção do aeródromo de Caratinga.
Resgate
Os motores do avião - um Beechcraft King Air C90 de prefixo PT-ONJ, fabricado em 1984 - foram as últimas peças a serem recolhidas do local do acidente, na tarde da última segunda-feira (8). Um deles caiu em uma área de mata fechada após se soltar da aeronave, em decorrência da colisão com os fios da torre de energia da Cemig. O segundo motor estava submerso na cachoeira da Serra da Piedade de Caratinga, que fica a 309 quilômetros de Belo Horizonte.
Acidente
O vôo que levava a cantora Marília Mendonça e sua equipe foi interrompido a 4 km do aeroporto da cidade após a queda do avião em que estavam. Cinco pessoas morreram na tragédia. Além de Marília, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, o produtor Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o co-piloto Tarciso Pessoa Viana.
Investigações
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, ainda não é possível afirmar que o acidente foi provocado pelo choque entre o avião a torre de transmissão de energia da Cemig. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) ainda está investigando as causas do ocorrido e o relatório não tem prazo para ficar pronto.
A Polícia Civil conduz o inquérito criminal, etapa que inclui oitivas com testemunhas e reunião de documentos da aeronave e da empresa proprietária, a PEC Táxi Aéreo.
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