‘Filho da mãe’: o legado de Paulo Gustavo na visão do paraense

Dan Couto é ator paraense, fã de Paulo Gustavo, que presta homenagem com espetáculo de livre adaptação com D. Hermínia, personagem de ‘Minha mãe é uma peça’

Emanuele Corrêa
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O documentário "Filho da Mãe", uma homenagem a Paulo Gustavo e último trabalho do ator, já é o título mais assistido na Prime Video no Brasil, desde a sua estreia no último dia 16 de dezembro. Além dos artistas do Brasil, que dividiram os palcos e as telas com Paulo, o público sentiu a sua partida. E, mesmo mais de 1 ano e meio após a sua morte, segue como referência na área cultural e símbolo da luta LGBTQIAP+.

O fã paraense, Danilo Couto, 24 anos, conta que estava ansioso para a estreia do documentário. Dan - como prefere ser chamado - é ator e intérprete da personagem D. Hermínia criada por Paulo Gustavo. Ele conta que Paulo é sua referência no humor e que acompanha o seu trabalho há 10 anos. "Assim que foi lançado o documentário eu já fiquei doido pra ver e rever cenas inéditas do Paulo Gustavo. No último domingo, 18, eu e meu namorado assistimos juntos e foi emoção do início ao fim. Foram duas horas chorando de saudade e rindo muito com as melhores piadas de Paulo Gustavo e Déa Lúcia", destacou.

"Achei o documentário muito engraçado, bonito e emocionante. Confesso que pra mim que sou fã dele há 10 anos foi ótimo poder rever o meu grande ídolo e me inspirar ainda mais com a história de vida dele. O documentário traz muitas novidades sobre o início de carreira dele, o processo de criação da obra 'Minha mãe é uma peça' e cenas bem humoradas da relação com a mãe dele e com a família. Senti muita saudade! Super indico para quem quer assistir uma linda história de vida", complementou.

image Dan Couto, 24 anos, interpreta D. Hermínia em livre adaptação de "Minha mãe é uma peça", personagem imortalizada de Paulo Gustavo. (Reprodução / Karol, Lima)

Dan declarou que Paulo Gustavo além de ser um fenômeno na indústria cultural brasileira, defendia a causa LGBTQIAP+ de uma forma natural e evidenciava a produção artística nacional. Sua partida, apesar de sentida, impulsionou o setor o qual fazia parte com a lei que leva seu nome, disse Couto. "A criação da lei vem com o intuito de ajudar artistas e grupos independentes que têm dificuldades de custear seus projetos e também para aqueles que foram prejudicados pela pandemia. A lei ajuda a contribuir para a retomada do setor cultural no país, além de alavancar o crescimento cultural local e estadual", ponderou.

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image Dan Couto é ator paraense, fã de Paulo Gustavo, que presta homenagem com espetáculo de livre adaptação com D. Hermínia, personagem de ‘Minha mãe é uma peça’ (Reprodução / Karol Lima)

Humor que salva e inspira

A carreira de Dan sempre esteve atrelada ao humor e ele conta que Paulo o inspirou em 2015, quando assistiu o espetáculo "Minha mãe é uma peça", quando o ator esteve em Belém e, também, inspirou-se assistindo ao documentário "Filho da Mãe". "Em 2015 sai de lá com a barriga doendo de tanto rir. Gustavo. Quando fui assistir o espetáculo hiperativo. Levei o livro de 'Minha mãe é uma peça' para ele autografar. Consegui entregar o livro ele 'autografou' fiquei tão feliz que não olhei o autógrafo na hora. Mas quando cheguei em casa me deparei com meio autógrafo na primeira folha. A caneta falhou e eu nem percebi", disse ele entre risos.

"Paulo Gustavo é uma força tão grande que até mesmo assistindo o documentário 'filho da mãe' eu me inspirei ainda mais para fazer meus futuros projetos e levar ainda mais sorriso para as pessoas", disse.

Dan já imita a dona Hermínia na versão mais paraense há alguns anos, mas com a morte de Paulo e o vazio que a presença e seus personagens deixou, ele enquanto fã sentiu a obrigação de fazer um tributo e levou 400 pessoas para assistir o seu espetáculo "Minha mãe para sempre uma peça", no Teatro Margarida Schivasappa. "A dona Hermínia pra mim foi um presente! Depois da perda do Paulo me vi na obrigação de homenageá-lo e fiz uma livre adaptação que conta as hilárias histórias de dona Hermínia e seus filhos", revelou.

"Meu objetivo com o público é levar sorriso, leveza e alegria para os fãs do Paulo. E também para aqueles que não conheciam a personagem dona Hermínia. Que consequentemente passaram a curtir e acompanhar meu trabalho também. Até hoje quando ando pela rua, alguém me reconhece e me elogia pelo o que eu faço. Mas o mais importante é manter a personagem ainda viva no imaginário do público", finalizou.

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