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Festival Aceita abre programação para celebrar as vivências LGBTQIAPN+

A programação do festival traz para Belém encontros inéditos e show internacional, com Christian Chávez

Bruna Dias
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Nesta sexta-feira (23), inicia a programação do festival Aceita para celebrar as memórias e vivências LGBTQIAPN+ amazônidas. Nesta primeira edição, o Espaço Náutico Marine Club, no bairro do Guamá, recebe até o dia 25 de agosto, dezenas de artistas regionais, nacionais e internacionais. A programação completa está no site.

A parte musical do evento terá sua abertura marcada para às 19h, porém, ainda tem na programação painéis e atividades ECOS, pensadas para amplificar a conscientização do público. 
A abertura do festival será feita com as apresentações de Tainara Takua e Guaja. As artistas indígenas mostram através das suas artes a identidade dos seus povos e a ancestralidade. Tainara busca unir a tradição da música guarani com elementos da música popular brasileira, criando um som único e autêntico, com um repertório repleto de composições próprias. Guaja conversa sobre o passado e o presente, utilizando recursos audiovisuais, poesia, e cinema independente.
Às 20h, o paraense Eloi Iglesias faz a sua apresentação cheia de performances, características presentes na sua vida artística. Suas expressões tem uma linguagem regional bem moderna e versátil releitura.

Logo em seguida ocorre a Cerimônia de Abertura e na sequência terão três shows que misturam o nacional e regional. Às 22h, Maria Gadú e Arthur Nogueira se apresentam, às 23h é a vez de Sandra Sá e Gigi Furtado, e às 00h, sobem ao palco Flor de Mururé e Ventura Profana.
Celebrando 20 anos de carreira, Maria Gadú celebra essa data com a turnê “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, que tem viajado pelo Brasil. O nome é inspirado em seu último álbum, que traz uma nova roupagem para “Shimbalaiê”, “Dona Cila” e “Bela Flor”. Dividindo o palco com a paulista, teremos o paraense Arthur Nogueira. O cantor, compositor e poeta, foi considerado pelo O Globo como o artista contemporâneo responsável por “renovar a tradição dos poetas na canção brasileira”. 
Arthur Nogueira já lançou seis álbuns próprios e compôs melodias para versos de grandes nomes do mundo, como Gal Costa e Cida Moreira. Além disso, ele é produtor musical dos álbuns “Humana” (2019), de Fafá de Belém, e “Só” (2020), de Adriana Calcanhotto. 

O paraense vai encontrar presencialmente pela primeira vez Maria Gadú, e esse momento já será marcado por um show repleto de sucessos. Os dois só tiverem encontros remotos.

“Eu acabei de estrear a minha nova banda, que se chama Sopro. É um projeto autoral, de música eletrônica, meu, do Leonardo Chaves e do Mateus Estrela. A gente lançou o primeiro single ‘Luz azul’ e no dia 29 de agosto vamos lançar nosso primeiro EP. A Maria ouviu as músicas do Sopro, gostou muito, então convidei o Leo e o Mateus para estarem comigo no palco. Vamos tocar ‘Luz azul’ ao vivo pela primeira vez, entre outras surpresas”, antecipa o artista.

Sempre atualizado e imerso nesse mundo artístico, Arthur Nogueira avalia esse momento da chegada de grandes festivais ao Pará. “Nesse momento em que os olhos do mundo estão voltados para a Amazônia, eu considero muito importante a proposta do Aceita, porque, além de celebrar a diversidade, o festival promove um olhar de dentro para fora, propondo que atrações de diferentes lugares do Brasil dialoguem com os artistas daqui. É a nossa casa, a nossa história, então é importante que o Brasil nos veja, nos ouça, nos reconheça”, pontua.

Logo após ocorre outro feat, agora com Sandra Sá e Gigi Furtado. A carioca tem mais de 40 anos de trajetória musical, sua voz deu vida a grandes sucessos como: Demônio Colorido, Vale Tudo, Bye Bye Tristeza, Retratos e Canções, Joga Fora no Lixo e Solidão. 
Gigi Furtado é uma intérprete completa com uma trajetória musical que passa pelo canto lírico, inclusive em ópera, ao canto popular. Ela é formada em canto na Fundação Carlos Gomes, porém suas interpretações passeiam pela música erudita e popular e até no teatro, como atriz. A paraense tem mais de 20 anos de carreira e faz a sua participação no Aceita ao lado de Sandra de Sá.

Flor de Mururé e Ventura Profana se apresentam às 00h. O cantor paraense Flor de Mururé lançou recentemente o single "Dona Mulambo". A força e potência do artista são expostas através da união entre a espiritualidade, religião e identidade que marca a canção que cultua orixás, voduns e encantados, como a pombagira que dá nome ao single, conhecida como a entidade de reconstrução e amor.

"São dois lados de resistência: ser trans e ainda ser da religião de matriz africana e originária. É muita força e persistência para continuar e se manter vivo. É isso que o álbum e as músicas vêm trazendo. Eu espero que o público se conecte, empatia e respeito. Que se conecte com as coisas de bonito dentro desse clipe e da música, para além dos corpos que estão ali e para além das suas crenças, tendo a possibilidade de se abrir para um mundo que existe e nunca vai deixar de existir", disse o cantor ao Grupo Liberal, na ocasião.

Ventura Profana é pastora missionária, cantora evangelista, escritora, compositora e artista visual, cuja prática está enraizada na pesquisa das implicações e metodologias do evangelicalismo no Brasil e no exterior, através da difusão das igrejas neopentecostais. 
Para fechar a programação deste primeiro dia, o mexicano Christian Chávez é a atração internacional da noite. O cantor desembarcou em Belém no início da semana e causou um alvoroço nos fãs locais. 
O integrante da banda RBD, já está imerso na cultura regional, inclusive chegou a se deliciar com o tacacá e o peixe filhote. 

Com mais de 20 anos de carreira, Christian canta a cultura pop latina para o mundo. Além disso, o artista é referência de representatividade LGBTQIA+ no México e em toda a América Latina.

 

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