Jovem escritor autografa livro na Feira TEAlentos de Produtos Artesanais
Evento reuniu arte, culinária e conscientização da causa autista na Praça Porto Futuro
Em seu estande na Feira TEAlentos de Produtos Artesanais, no Porto Futuro, neste domingo, 10, Alkir Viana autografava o seu livro “Suspiros Atípicos”. O jovem de apenas 22 anos, descobriu na arte uma forma de expressar seus sentimentos após ser diagnosticado como autista.
O estudante de farmácia, usa a colagem e poesia para contar um pouco como é a sua rotina. Na sua mais nova publicação, ele faz uma coletânea de outros quatro livros que contam histórias desde a sua infância até a atualidade, destacando seus medos, suas frustrações, mas também suas vitorias. “Ele foi lançado ano passado no período de pandemia e conta a minha vivência desde de antes de ter meu diagnóstico. As minhas frustrações por ser diferente, pelo preconceito. Sou de Mosqueiro, então naquela época, em 2000, não tinha muita informação e fiz esse livro como uma forma de, além de expressar meus sentimentos, de confortar as pessoas”, explicou o autor.
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Alkir foi diagnosticado no TEA há 3 anos. “O meu objetivo com esse livro é poder dar um abraço a todos aqueles que estão em uma situação de sofrimento. Já ouvi alguns depoimentos, que o livro ajudou algumas pessoas, isso é como se fosse um alívio no coração. Acho que essa é a função da literatura, sem esse tipo de feedback não seria tão interessante escrever”, avaliou.
“A arte é o que liberta a gente, principalmente no autismo. A gente fica preso às vezes, não consegue expressar nossos sentimentos de uma forma direta, então um facilitador são os meios artísticos. É o ideal para nós”, finalizou Alkir Viana.
A Feira TEAlentos de Produtos Artesanais reuniu no final de semana, uma série de estandes com produtos artísticos como chaveiros, cordões, pulseiras, camisas, obras de paisagismo, além de diversos pratos de comidas disponíveis para venda aos presentes.
Na sua primeira edição, a feira faz parte do 2ª Festival TEAlentos, promovido pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sespa), através da Coordenação de Políticas para o Autismo (Cepa). Nayara Barbalho, Coordenadora da Cepa, revelou a intensão expandir o evento para que ele ocorra com periodicidade.
“A feira serve para que a gente possa agregar esse trabalho, valorizar, mas que ele se perpetue além de abril, que é o mês de Conscientização sobre o Autismo. Os trabalhos desenvolvidos aqui são fontes de renda, mas não só isso, é também um trabalho importante de valorização, porque aqui nós temos pessoas com autismo vendendo a sua obra, o seu trabalho, a sua arte e também apoiando as famílias, as associações, enfim, todas aquelas pessoas que estão relacionadas, ligadas à causa, que estão aqui, tem espaço pra apresentar esse trabalho”, explicou a coordenadora.
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